CHAVEZ: O NAPOLEÃO DE BERMUDA ou SOCIALISMO HILÁRIO

Na América do Sul um cavalo branco pisa as estrelas embandeiradas. Montado por um general orgulhoso do olho de vidro, que ergue sob os céus azulados da profundidade festeira dos seus povos, numa das mãos o globo terrestre, na outra a dentadura, deixa nas praias pegadas de direitos humanos rasgados no eco das trasnacionalidades delirantes do lucro vampiro.

Enrolado na bandeira esfarrrapada e frouxa do socialismo hilário, Chavez. Imperial. Calígula desromanizado, nu de coroa e cetro num trono guardado por pretorianos gorduchos e com bigodinho de Little Richard, confabula com os abutres cegos da consciência, que orientam-no no Poder, como estender o manto esburacado do domínio sobre o continente, e se batalhas já não asseguram louros ao conquistador, uma doutrina pobre e exótica produz maravilhas.

De tudo o que o pensamento político sulamericano gerou de ridículo, o Bolivarianismo, como veio socialista, se notabiliza pela miséria intelectual.

O casamento do liberalismo militarista com socialismo de caserna, só não soa mais estridente porque o movimento histórico do circo está em curva descendente.

Alguém leva a sério a briga entre Chavez e Bush?

Dentro da ótica do marketing político, interessa ao esquema dominante na elite branquela do petróleo que o Grande Timomeiro de Plantão na esquerda, seja um sargentão ufanista e fanfarrão com delírios napoleônicos. Melhor assim, dizem os sorvedores de whisky, antes sustentar do outro lado alguém que atinja o climax no krieg-ha-bandolo, do que um líder político de verdade.

Pobre América do Sul! Repleta de casarões abandonados infestados de fantasmas cobertos pelo pó do narcotráfico, na verdade o único Estado erguido da sociedade favelada das palafitas sendero-carnavalescas, não consegue gerar pensamento, quando muito, macacos autoritários, crentes de portarem a missão histórica na pena da caneta, ou no click do pcc.