empírico.

acho que nunca conversei tanto (assim como ando pensando) , como nesta fase de minha vida...

por outro lado, o meio eletrônico e virtual, faz com que coisas impensadas antes, sejam mais facilmente colocadas... expostas.

também é fato, que minha reserva para alguns assuntos de minha intimidade é muito baixo, parecendo em momentos explícito.

diante disto, por muitas vezes é levantada a questão de expor-me, até gratuitamente, por minhas colocações e posicionamentos.

verdade que venho pensando muito nisto.

isto é algo que sempre refleti por uma vida toda, a questão da reserva.

o pudor também é algo que merece ser considerado, assim como o respeito a posição alheia.

mas junto com o senso de equidade, da ética, da moral, prezo na mesma proporção a transparência.

e por que modular o que sinto de verdade então?

é compreensível que meu jeito de interpretar as coisas possa não ser compreensível, não ser tão aceitável quanto gostaria, possa ser inusual ou mesmo inoportuno à uma condição pré-estabelecida, beirando à inconveniência (para alguns, que devo salientar ser uma avaliação que lhes são pessoais mesmo e simples assim, daí não devam me pertencer, por direito e nem simplesmente acatar).

lógico que cabe o respeito diante do olhar do outro e sua ótica sobre o que posso estar lhe representando.

mas vale colocar que a forma de manifestar-me, assim do outro, permeia ao meu ver, pela síntese do processo individual de elaboração de tudo o que é conseguido apreender de tudo que se experimenta ao viver, como por exemplo as circunstâncias que vivenciamos.

nem sei se este meu ato de escrever, não signifique nada para os observadores, exceto por esbarrar nesta questão da transparência, tornando-me uma pessoa mais vulnerável e para outros inconveniente, ainda que, como já disse, esteja a "lacrimejar letras".

sem qualquer compromisso, o que também serve para com o literário e gramatical...

acredito que no ato de procurar exercer minha transparência, esta sirva para mim mesmo, no meu exercício de entender quem realmente sou e com o que consigo contar.

daí, de forma empírica, essa transparência desenfreada, seja como meu método para conseguir buscar as compreensões a meu respeito, minha posição real diante do que me cerca e da vida, do que sou constituído de fato, como meu ser se processa.

acho que esta transparência é um grito da alma, em se fazer entender, em se fazer experimentar passo a passo, construindo conclusões quase firmes, pois nunca serão fechadas de fato.

uma busca de quais as emoções e sentimentos me estruturam, do que é relevante à minha existência, de como consigo me fazer existir, o que tenho de sólido ou não, até onde consigo replicar positiva e negativamente.

e principalmente o que de fato agrego à mim, o que disperso.

tento ver aonde mudanças em meus métodos e meios são aplicáveis, por que mudar também faz parte da experimentação, se necessário.

em resumo, nesta transparência que muito causa ponderações, calco minhas experimentações. meço a febre de tudo. uso-a como minha régua para poder estabelecer o que de fato dura, perdura ou simplesmente se desfaz da minha vida, por dois básicos princípios da afinidade e reciprocidade (sendo talvez bem simplista).

paulo jo santo

coisas da zillah

verdadeiramente zillah

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 08/03/2015
Reeditado em 08/03/2015
Código do texto: T5162553
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