aquelas coisas.

conversando com minha amiga Kowalski, naquele dia ressaltou mais esta característica sobre "aquelas coisas".

que coisas são estas?

trata-se daquilo que segue e se arrasta por um tempo mais que indeterminado e que vai e fica, que é indefinido por si só e parece que não dá conclusão nenhuma. talvez só aumente a dúvida, os questionamentos e o anseio.

redireciona a mil pensamentos, mil análises, mas de fato no seu bojo, carrega um "se" enorme.

é quase um dilema, quase qualquer coisa do conjecturável, do provável, da abstração quase que corrosiva, pois remete a dor do não desfecho, da falta de conclusão, da falta de término.

é algo tão incomodo, como colocar um prato em banho maria e ter a sensação de nunca se chegar ao ponto da receita que se pretende, que é ideal. se arrasta e toma o tempo todo, e não nos deixa fazer algo mais, além da vigília e do anseio de ver a receita concluída, seja de que forma for.

aquelas coisas que num passado investimos e hoje, não se sabe se foi uma roubada, ou ainda pode se tornar algo precioso. não se sabe o que se esperar da história toda, acabando por incomodar. vem um nítido desconforto, quase sufocante.

essas "aquelas coisas", que enquanto não chega o dia "D" ou mesmo o momento "X", que é o da definição, da ruptura, do desligamento ou qualquer desfecho que se tenha, nos mantendo emocionalmente reféns, na expectativa (e quem sabe até na esperança bem no íntimo) de que algo sublimado possa vir a acontecer.

dedicado a amiga grande amiga, Andréa Lisbôa Kowalski.

acho que somos unidos pelas nossas diferenças gritantes... e semelhanças em alguns aspectos mais absurdas ainda.

Paulo Jo Santo

Santos/SP, Saboó

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 24/07/2013
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T4401849
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