Um pouco mais das questões levantadas: anti-partidarismo e apartidarismo e as manifestações populares...

http://oglobo.globo.com/pais/antipartidarismo-violento-prejudicial-democracia-8781249#comments

Lendo esta matéria e os comentários que foram fomentados a partir dela me questiono:

Será que no meio da coisa toda, deste caldeirão de pensamentos e reflexões intelectualizadas, a questão maior não é o fato do anti-partidarismo ou apartidarismo, mas sim reconhecer que a população pode e deve ser instrumentalizada, para em conjunto e sem muletas, que ao meu ver é o xis da questão, tenham que ser representadas nas discussões através de algum partido político, a b e/ou c.

Me pego a pensar, talvez utopicamente, que o povo deseja ser chamado para a mesa de discussões. Evidentemente o povo todo é muita gente pra se agregar nas discussões.

Mas o que vejo é que este mesmo povo, que reivindica a reformulação da nação, quer que civis, que representem os diversos grupos coexistentes na sociedade possam ser levados à discussão política, de forma adulta e desvinculada de interesses particulares e muitas das vezes escusos, que as legendas partidárias agregam em seu movimento e discurso.

Quero crer que acima do bem e do mal (este famigerado maniqueísmo) que sempre permeia a coisa da "coisa humana", não seja o algoz talvez dessa impossibilidade de expressão da população geral que sempre se fez ser excluída dos movimentos políticos e estratégicos para a nação brasileira, e que agora devem ser abertas as ideais partidários...

É de se compreender que em algum momento se sentindo traído, pois nunca fora colocado em pé de igualdade, esta mesma população não consiga aceitar legenda x, y ou z, como legitimada para representar seus interesses.

Muito sabiamente, observações foram colocadas, que dentro das premissas da democracia, deva haver espaço para todos se fazerem representar, isto é legítimo... mas isto ao meu ver, não dá obrigatoriedade de os elementos que coexistem serem obrigados a se ver representados por quaisquer grupos ou siglas, que estejam a querer colocar seu posicionamento no contexto geral.

Acredito que deva haver espaço para todos e que nessa geléia geral, se possível for todos os grupos possam estar representados na discussão para a reformulação de nossa nação. Mas acho que se assim for, grupos apartidários e anti-paridários que sejam instrumentalizados para a discussão e que realmente sejem validados pela nação comum um todo, possam também se colocar, desvinculadamente de legendas e todo o mais que se é colocado.

Pois por via de fatos, nas portas fechadas, nunca se saberá de fato que tais partidos, siglas e tudo o mais irão fazer com o poder de discussão atribuídos a este.

E se formos ver na íntegra, nunca saberemos o que será feito com o que depositarmos nas mãos de quaisquer grupos que nos queiram representar. Para ilustrar este pensamento convido a quem acompanharem meu raciocínio que leiam o seguinte livro: A revolução dos bichos - escrito por George Orwell, que também teve sua obra manipulada por interesses escusos de grupos partidários e outros mais interessados a se promoverem e se beneficiarem no cenário social e supostamente democrático.

Seja como for estes pensamentos e tantos outros vêm continuamente na minha mente e penso que, em que momento ou que encruzilhada estamos nos posicionando e ainda a quem podemos de fato recorrer e quais o interesses que prevalecerão no final.

Espero sinceramente que seja da nação brasileira, com seu lindo povo, que está a buscar sua identidade, ainda tão indefinida pelos maltratos sofridos no transcorrer dos tempos de sua existência.

Paulo Jo Santo

Santos/SP, Saboó

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 24/06/2013
Reeditado em 24/06/2013
Código do texto: T4355584
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