Obrigado pelo privilégio

Foi na distração que encontrei seus olhos, enquanto passeava pela cidade, castanhos mais para o mel, me lembravam um deserto vazio e belo. De fato parei alguns segundos para observar, quem nunca fez isso?

Suas amigas eram estranhas, uma mais baixa, outra mais alta, falando bobagens e rindo a cada minuto, menos você que continua séria como pedra, sem um sorriso se quer, parecia doente, deprimente, mesmo assim as segui até a lanchonete da praça, sentei-me ao lado da sua mesa, e por alguns minutos tive a chance de admirá-la em silêncio.

Não me culpe por isso, afinal a culpa é de seus pais, lhe fizeram com tanto amor, e que hoje está linda demais. Tomara que entenda meus motivos de segui-la até aqui, sua casa, outra vez vou dizer que não tenho culpa, coloquei este papel pela fresta da janela, bom se quiser me ligue, meu nome e telefone estão no verso, você já deve ter visto isso, beijo e obrigado pelo privilégio.

Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 04/06/2013
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