A renovação nossa de cada dia

“(...) que aquilo era só mais uma oportunidade de estar com ela (...)”

Saio do lugar onde estou e acelero o passo aos objetivos. Até então estou segura, aliás, sinto-me sempre segura. Cheguei a pensar que não conseguiria sozinha; o medo não está mais em mim. Isso é bom, a partir do momento em que reconheci que a confiança deve permanecer mais em mim do que nos outros, eu aprendi que devo confiar em mim primeiro. Só assim, meus medos não andarão comigo (meus não! Nunca mais – risos’) *.

Tempos atrás me questionavam porque a minha mãe andava sempre comigo, ao meu lado; para minha mãe, o motivo era simplesmente de eu não querer estar sozinha; andar sozinha. Para mim, confesso que no início essa também fora minha explicação. No entanto, passei a responder, que aquilo era só mais uma oportunidade de estar com ela, de mãos dadas e sob seu olhar. Certo dia precisei estar longe dela, as únicas coisas que nos aproxima são os chocolates diários, as lembranças, sua voz do outro lado da linha... Isso me renova a cada dia.

E cada vez mais, a todo instante, sempre quando a quero perto de mim, ligo e falo: “Oi Mãe!” porque se não o faço, é difícil manter em mim o rosto limpo – que embaçados pela saudade, meu olhar que agora não fitos mais nos dela, começam a jorrar água.

E então me contento em saber que a tenho comigo, para todo o sempre.

Elisângela Feitosa
Enviado por Elisângela Feitosa em 03/02/2013
Código do texto: T4120894
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