Desmedidas

Hoje ela queria poder dizer como disse a roubadora de livros: “o céu está azul, e tem uma nuvem grande e comprida, espichada feito uma corda. Na ponta dela, o sol parece um buraco amarelo...”. Nem se colocasse suas lentes de 1,5 no direito e esquerdo, veria o céu desta maneira. Porque por ele só, não há um pingo de nitidez, apesar de estar bem iluminado lá fora. Mas no céu, tudo parece névoa, algodãozinho, ensopados de água doce.

Mais uma olhadela e nada mudou. Está assim em todo o céu! E é o que digo para ele por sms...

Dias assim, para mim são sombrios. Dentro de casa aquela frieza, aquele ‘ar de preguiça que só te faz ficar em casa deitado, assistindo a um filme; ou então se lembrando de coisas, saudade alimentada pelo frio pode? Bom seria mesmo era, tomar um belo chocolate quente, ou não! Quente ou não, para mim sempre cairá bem, faça frio ou quando se acomete o calor.

Se ao menos pudesse voltar a ser tão distraída, a sentir tanto amor sem saber – tomando-o por engano com risos sem ritmos, ou brincadeiras fora de hora, e conversas soltas sem sentido com alguém que sempre esteve ao seu lado, mas que agora a milhas de distancia, você só pode que bom, ouvir a voz, ou trocar sms’s, quando quiser, a hora que puder. Isso é ruim quando lembrados em um dia assim, mórbido e sombrio dia nublado, nada vivo, tudo cinza. É meu Bruno, sinto saudades sim; não há mais com quem reclamar quando as minhas coisas não estão no lugar. E quem irá me ajudar a fazer o que não sei, ou quem vai me ensinar a me defender (você sabe, aqueles treinos de luta sem hora, risos)’; A quem eu vou beliscar ou arranhar sem motivos algum...?

(...)

Desmedidas saudades. Saudades desmedidas de você.

Elisângela Feitosa
Enviado por Elisângela Feitosa em 01/02/2013
Reeditado em 01/02/2013
Código do texto: T4117504
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