Das coisas que me renovam

Descobri que o meu limite - à saudade é de somente trinta dias contados. ‘

Eu já não suportava mais. Precisava do abraço, do olhar, do toque que me renova. Eu sei que posso imaginar tudo, mas não é o bastante. Não me imaginária suportando tanto tempo longe dos meus laços – a minha família.

Nada como uma viagem “un poquito” cansativa, mas enfim chegar em casa. Dá aquele abraço apertado de outrora e ouvir os miados dos meus bichanos a me olharem. Passar alguns dias em casa me renova assim como um belo baton em dias de saudades e cantar e tocar violão...

O café da manhã sentada à mesa com a minha mãe, os risos exagerados a alguma brincadeirinha dela; esperar o meu pai chegar para o almoço... Desde os gritos da minha mãe a chamar os bichanos para almoçarem também; deitar no chão da sala ao lado dela para tirarmos um cochilo... E as nossas caminhadas na noite olhando para o céu a procurar a mais brilhante estrela; Saudades assim, alimentadas por telefonemas, a olhos fechados para que eu viva melhor cada palavra dita e absorvida, porque no silêncio eu bem sei o que eu ou ela estar a falar... Não quero passar tanto tempo assim sem puder estar ao lado deles, a minha base, o meu laço profundo, meus amados – meus pais.

Elisângela Feitosa
Enviado por Elisângela Feitosa em 30/01/2013
Código do texto: T4113822
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