A liberdade do pensamento

Até que ponto somos livres para expressar o que pensamos sem medo de represálias. Muitas vezes tive que conter meus pensamentos, predê-los em uma redoma imaginária para não sofrer depois, talvez reveses que me levariam a um mundo que eu jamais gostaria de viver no mesmo, o mundo do silêncio. Mas mesmo assim, sofrendo algumas ocasiões bombardeios de todas as especieis de impropérios por apenas ser o mais sincero possível, arquei com as consequências e não fugi à verdade.

A verdade tem que prevalecer sempre, mas em algumas ocasiões, precisamos de muita cautela para expô-la sem que nos arranhamos com a volta do que ela pode trazer depois dos esclarecimentos finais. Agindo dessa maneira, já consegui contrariando a minha vontade alguns inimigos, mas também já angariei com certeza amigos que tenho certeza serão eternos. A verdade é como um remédio, se usada na dose certa cura, mas se utilizada de forma errada pode até matar.

É por isso que precisamos vigiar e muito nossos pensamentos, para não nos arrependermos depois que os soltarmos, sejam em palavras ou de maneira escrita onde uma grande maioria da sociedade tenha acesso e sabe quem é o autor de tais idéias, idéias essas que estão lhe burilando, remexendo, expondo suas mazelas ao público em geral. Mas isso, esse efeito bombástico só afeta a quem tem dívida com a sociedade e não a sociedade como um todo. Geralmente são os cordeiros negros cobertos com um manto branco, que de tão usado já está deixando transparecer aquilo que deveria guardar.

Além disso, já foi provado que o pensamento também é uma arma poderosa, para quem tem noção do que é capaz o magnetismo não duvida, por isso a necessidade de vigiarmos nossos pensamentos segundo a segundo, para não nos vermos encrencados nas artimanhas da vida, esse dom que a Providência nos deu de presente e que devemos preservá-la se quisermos evoluir cada vez mais.

Quantos pensamentos guardei e quantos ainda hei de guardar.