MANIFESTO PELO MACHISMO

AVISO: CONTEÚDO MACHISTA. LEITURA NÃO RECOMENDADA PARA MULHERES.

Seres do sexo masculino de todo o mundo, prestem muitíssima atenção. Este mundo não conspira a nosso favor. Não pensem os senhores que merecemos a alcunha de sexo forte. Na realidade, nós é que somos os frágeis. Nada do que fazemos é suficiente, todo o nosso esforço não é reconhecido se o lado feminino não estiver satisfeito e toda a nossa cultura é menosprezada pelas mulheres. Nós estamos sempre errados, mesmo quando acertamos. E muitas mulheres ainda têm a desfaçatez de afirmar que não nos entendem. Isto somente porque nós é que não as entendemos primeiro.

Tudo as aborrece. Não interessa se são esposas, namoradas, avós, mães, irmãs, filhas, tias, sobrinhas ou primas. Nós somos seus humildes súditos, já que tentamos a todo custo servi-las da melhor maneira possível. Não sabemos o que as agrada. Afinal de contas, a mesma benevolência, o mesmo presente e o mesmo grau de atenção que um dia atenderam a seus frívolos caprichos podem tornar-se inacreditavelmente inconvenientes de uma hora para a outra. Elas estão certas de que somos falhos por não adivinhar o que se passa em suas complexas mentes. E, deste fato, elas julgam ter todo o direito de reclamar. Como pode um cavalheiro não saber ler os pensamentos de uma dama? Quanta grosseria de nossa parte!

Nós somos sempre os culpados, mesmo provando o contrário. Acho que a mulher já se considera aviltada desde a Criação, já que segundo a Bíblia, Eva teria sido feita a partir de uma das costelas de Adão. E ao aceitar o fruto proibido, teria induzido o consorte ao erro. Provavelmente foi uma pequena vingança. Não podem urinar em pé. Freud insinuou que elas morrem de inveja do nosso falo. E a responsabilidade é nossa, obviamente. São de culpa exclusiva dos homens as dores do parto e as cólicas menstruais. “Naqueles dias”, os mares vermelhos são impiedosamente desaguados em nossos minúsculos riachos. O homem jamais gasta nove meses do seu tempo com algo no ventre. Nem preciso dizer que elas também apontam o dedo cheio de esmalte contra nós.

Elas têm sempre razão quando reclamam do horário em que chegamos ao lar, do horário em que saímos, do que comemos, do que bebemos e do que fazemos para nos divertir. Nosso comportamento nunca é o adequado. Tudo é para elas e nada é para nós. Apedrejam nosso futebol e abominam nossos gracejos de duplo sentido. Entretanto, adoram fofocar com as amigas e acreditam fielmente naquelas dietas fabulosas de revistas. Não gostam quando dispendemos atenção a nossos amigos, apesar de passarem horas ao telefone. As mulheres simplesmente não entendem como nós conseguimos entrar em um shopping, realizar uma compra em cinco minutos e não babar naquela liquidação maravilhosa. Gostamos de colecionar camisas de clubes de futebol, carrinhos, jogos de videogames e não passamos de crianças. Contudo, alguém pode me explicar por que elas podem se entupir de pares de sapato e bolsas e continuarem sendo mulheres modernas?

Como já disse anteriormente, elas têm sempre razão em tudo. Se nós gritarmos, somos uns homens grosseiros, mal-educados, estúpidos e selvagens. Se elas gritarem, são mulheres fortes, decididas, arrojadas e de personalidade invejável. Se nós tivermos um caso fora do relacionamento, somos covardes indecentes que só pensam em sexo. Se elas tiverem um caso fora do relacionamento, são pobres mocinhas rejeitadas pelo marido e precisam arejar a “cabeça”. Nós gostamos de sexo e não escondemos, porque a natureza assim nos fez. Elas gostam e não admitem, já que são “damas distintas”. Se nós sempre quisermos sexo, somos tarados. Se não quisermos, é porque temos “outra”. Ainda com relação ao sexo, nós precisamos provar que gostamos de uma mulher ao esperar pelo “tempo certo”. Enquanto isso, elas simplesmente fecham as pernas e tudo bem. Elas não têm que provar nada para nós.

Se gostarmos de trabalhar, somos viciados. Se não gostarmos, somos vagabundos. Se chorarmos, somos maricas. Se não chorarmos, somos insensíveis. Nossos gracejos são irritantes e inconvenientes. Nossa seriedade é uma dispensável sisudez. Mesmo o nosso silêncio incomoda.

Colegas, deixei de explorar algum ponto? É tão complicado entender as mulheres? Depois de queimarem sutiãs em praça pública, chegou a vez delas de cuspirem nas nossas caras. A mulherada segue reclamando do machismo, certo? O machismo é um preconceito e um primitivismo; o feminismo, uma reivindicação e uma ideologia. Pensem nisso. Talvez elas tenham conquistado mais do que o direito ao voto e a igualdade profissional. As mulheres conseguiram a nossa condescendência. E não será queimando cuecas que vamos reverter o quadro. Tomem cuidado, homens.

Mulheres, eu imagino que muitas de vocês ignoraram meu aviso e leram o manifesto. Não pensem que as quero mal, muito pelo contrário. Se bem que, a esta altura, algumas já devem estar borrando a maquiagem de raiva. A guerra dos sexos jamais será vencida graças às confraternizações de ambas as partes. O que eu realmente desejava era mostrar que há radicalismo por parte do estrogênio, também. Pensem no comportamento de vocês. E talvez concluam que, na maioria das vezes, apontam em nós os defeitos que mais odeiam em vocês mesmas. Reflitam a respeito, se não for mais uma grosseria masculina de minha parte.

Andre Mengo
Enviado por Andre Mengo em 01/11/2011
Código do texto: T3309936
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