Falando sobre a felicidade...

Habitualmente ouvimos alguém dizer: Você esta deixando a felicidade escapar das suas mãos, vai ao encontro dela... Porque devemos condicionar a nossa felicidade pessoal, a outra pessoa? Eu sou um “inteiro”, não sou feito de partes, porções, não sou a banda da laranja, não sou a cara metade, muito menos a tampa da panela ou qualquer outra afirmação do tipo. Sou um “inteiro”, pleno, completo como pessoa, me construindo assim posso entrar numa relação com 100% do que sou e, tudo que fluir de mim ocorrerá de uma forma natural, intensa, com gratuidade por que toda a ação remete a uma busca de complementaridade, de junção, de idéias, de formas de conceituar a vida, onde a busca do equilíbrio é muito mais consistente, contundente, fundamentada nas verdades de cada um, no universo pessoal, real, do que suprir carências afetivas e descompensações emocionais, por falta de interesse e encantamento pessoal diante da vida, até mesmo por que numa relação quando há amor “um mais um forma um”. Tenho vida interior, não deixo que o dia passe por mim como se eu fosse uma pedra, um galho seco, amo muito a vida e me amo muito também, ao acordar ate ao ir dormir, exercito a minha alegria, emoção, paixão, por tudo que faço, e faço com intensidade, e continuadamente agradecendo a Deus, por existir, por estar bem, por tudo que acontece comigo. Assim me faço um “inteiro” e as minhas ações direcionadas resultante das minhas atitudes, contem gratuidade, harmonia, alegria, boa vontade que converge a um ponto um foco, as minhas convicções, os meus objetivos, os meus sonhos, o meu projeto pessoal de vida, as minhas metas e naturalmente a minha felicidade. Se eu for uma “metade” vou doar apenas metade de mim, do que sou, e querendo que outra “metade” seja oferecida a mim. Sendo assim como vou me construir com a metade de outra pessoa? Que hoje se faz presente, mas amanhã poderá estar ausente? Aí então eu continuarei buscando outra metade, e outras e outras... Não definitivamente não. Por isso me faço um “inteiro” assim posso doar-me por completo, por inteiro, e poder construir momentos ímpares, singulares, inesquecíveis, onde a gratuidade de atitudes norteie e seja determinante para o fortalecimento da relação, sugerindo beleza, alegria, bom humor, muito sorrisos, naturalmente me fazendo e tornando a outra pessoa feliz, por que tudo é complementação, é o encontro de universos completos, sem traumas, em sincronia com a simplicidade e a beleza da vida. E, se por ventura, os elos se partirem, se romperem, se fragmentarem, eu não vou recolher pedaços, juntar cacos, para me recompor, vou sair inteiro, da forma como entrei, por que não coloco a minha felicidade nas mãos de ninguém, nem sob circunstância nenhuma, alem de mim mesmo. A felicidade primeiro eu a encontro dentro da minha vida, da minha existência, da minha essência, do universo no qual estou inserido, e ao descobrir isso, me possibilitou encontrar o encantamento pessoal diante da vida, diante de mim mesmo, então me torno pleno, absoluto, inteiro... Cada um pode ser o que quiser ser, e eu sou exatamente o que quero ser. Esse é o meu estado pleno de felicidade...

JORGE BRITTO
Enviado por JORGE BRITTO em 12/05/2011
Código do texto: T2965578
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