Flagrantes das ruas II

O que vejo nas ruas da cidade são coisas rotineiras, mas sempre aparece algum fato inusitado, que me dá um diagnóstico de como anda o instinto de sobrevivência de nossa população.

A última que vi (pela primeira vez na vida) foi protagonizada por um motoqueiro. Eu me dirigia ao trabalho (de "S PÉ DOIS"), quando deparei com esta cena: Um cara ia conduzindo a moto com uma das mãos enquanto com a outra segurava o aparelho celular. O mais esquisito e alarmante é que ele não estava atendendo uma ligação, não! Ele estava "discando" um número!

A moto, por ser um veículo de duas rodas (uma atrás da outra) não se equilibra por si só; ela precisa ser equilibrada pelo motoqueiro. Agora me respondam: Como um cara guia uma moto só com uma mão? E como ele pode olhar para o trânsito enquanto está teclando um celular? E quando a pessoa atender do outro lado, como vai ficar a atenção dele para com o trânsito?

É por essas e outras presepadas inconsequentes que eu afirmo com todas as letras maiúsculas: O BRASILEIRO NÃO TEM INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA.

Será que os brasileiros estão perdendo a esperança e querendo se suicidar? Isso é assustador, se pararmos para pensar. Eis o problema: Pensar. O brasileiro não pensa por si mesmo. Prefere que os outros pensem por ele; que o governo pense por ele; que as novelas ditem seu pensamento. A continuar assim, daqui a pouco os transeuntes morrem em massa, pois esse motoqueiro irrefletido pode morrer e pode matar também.

António Fernando
Enviado por António Fernando em 26/06/2009
Reeditado em 15/10/2018
Código do texto: T1667741
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