A fechadura

Sol de estio, a poesia de Rogério Wanderley Guasti nasceu depois da chuva e espraiou-se em chão de estrelas, seja porque foi pisado pelas musas bem cantadas seja porque é solo fértil de onde brotam versos para compor aquarela onde há mais cores que as sete do arco-íris. Matizes diferenciados entre si a cada poema como sementes de amor vindas do passado e do futuro germinadas em ramos saídos de um tronco projetado ao infinito, tempo este apreendido pelo poeta em seu eterno presente lírico, no qual escreve sobre o que vê, sente e percebe ou sobre o que percebe, sente e vê ou o que vê percebe e sente, de forma caleidoscópica em miríades de luzes vinda de vitrais, que podem ser o próprio olhar da musa a refletir-se no olhar multicêntrico do poeta.