SOBRE BLUES, SÓIS E LUARES

quando o sol

reluz na manhã fria,

meu peito procura o que lhe agasalha.

apesar de nós

pinta o novo dia,

cai sem dó um blues

feito vã mortalha...

e a senda segue

tal trem sobre o trilho.

são manhãs tais como as demais,

cheias de fastio, do cansaço da lida

e mesmo assim,somos felizes

apesar da presença do corvo,

trancendemos nossos ais

perpetuamos a vida.

e a tarde se perdia

bifurcosa,

torta linha de carretel que debica,

solta e viva, nossa pipa traquina.

quando a tarde cristalina tinge de azul

céu e piscina.

liberdade anilada

inocência menina.

porque a poesia é amor

mas também é dor que escorre

dos olhos castanhos de folha

... Uma nota da canção que faz chorar.

nem todo entardecer é azul,

nem todo preto pode cantar um blues,

a vida as vezes é dura, meu bem...

e talvez hoje a boca seque o beijo.

Hoje não tem luar.

Dueto

Elisa Salles e

Fernando Martins Lara

Elisa Salles e Fernando Martins Lara
Enviado por Elisa Salles em 09/10/2023
Código do texto: T7904657
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