Entre o Bem e o Mal
No calabouço de meus dissabores
solo frio e úmido se juntam
no escuro de meus horrores
A arena em platéia se faz
bancos e escadas furiosos
contemplam corpos no jaz...
Em silêncio de preces as paredes
inertes frias e gélidas não mais
Corpos e almas na dúvida do talvez
minhas entranhas pedem socorro
como em último pedido moribundo
Soam as cornetas...
em armaduras me visto
na dúvida "morro"...
Olhos que brilham nesse submundo
apreciadores do fim sem vencedores
Só dor
minhas vistas se turvam
me posto à Teus Pés
Bem no mal
Mal no bem
_________________________________
______ Lírios do Campo
Entre o bem e o mal
No labirinto de meu horror em dores
no silêncio da pedra fria e úmida ficam
no mais escuro de meus temores
Nesta arena de platéia que vem e vai sem paz
olhares postados e curiosos e furiosos
corpos que tombam diante do não mais
ouvidos junto as paredes,
preces em grades.
Almas em desfiles, corpos inertes no nunca mais
onde está a vida?! Transição tenua
por sua vez
minhas entranhas pedem mais um sopro
roga por mais uma vez neste mundo
Soam as cornetas...
sou a armadura que espera o Cristo
na dúvida "morro"
no olhar de um pedido de luz lá no fundo
Desejo do fim sem vencedores
ainda há dor
o brilho que desvanece, vida
que desaparece na curva
Oh! Deus me posto à teus pés
Bem no Mal
Mal no Bem
Amém.
__________________________________
Riana Braga