Entre o Bem e o Mal

No calabouço de meus dissabores

solo frio e úmido se juntam

no escuro de meus horrores

A arena em platéia se faz

bancos e escadas furiosos

contemplam corpos no jaz...

Em silêncio de preces as paredes

inertes frias e gélidas não mais

Corpos e almas na dúvida do talvez

minhas entranhas pedem socorro

como em último pedido moribundo

Soam as cornetas...

em armaduras me visto

na dúvida "morro"...

Olhos que brilham nesse submundo

apreciadores do fim sem vencedores

Só dor

minhas vistas se turvam

me posto à Teus Pés

Bem no mal

Mal no bem

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______ Lírios do Campo

Entre o bem e o mal

No labirinto de meu horror em dores

no silêncio da pedra fria e úmida ficam

no mais escuro de meus temores

Nesta arena de platéia que vem e vai sem paz

olhares postados e curiosos e furiosos

corpos que tombam diante do não mais

ouvidos junto as paredes,

preces em grades.

Almas em desfiles, corpos inertes no nunca mais

onde está a vida?! Transição tenua

por sua vez

minhas entranhas pedem mais um sopro

roga por mais uma vez neste mundo

Soam as cornetas...

sou a armadura que espera o Cristo

na dúvida "morro"

no olhar de um pedido de luz lá no fundo

Desejo do fim sem vencedores

ainda há dor

o brilho que desvanece, vida

que desaparece na curva

Oh! Deus me posto à teus pés

Bem no Mal

Mal no Bem

Amém.

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Riana Braga