O barato do Palavra

Tem um pouco de tudo

sobre o que posso por no verso,

posso deitar sobre a linha

todo o tema do universo.

Pode ser um jogo de palavras

sentido amplo e diverso,

se escrevo sobre a vida

e o seu cotidiano adverso.

Posso ter no poema

o consenso e o reverso,

posso traçar sem ter traço

regredir ou ter progresso.

Posso na adversidade

me mostrar ou me esconder,

e também sem falsidade

aceitar ou rebater.

Sem delinear o compasso

posso até dizer da flor,

ou da dor e do fracasso

falar do ódio e do amor.

A palavra, então, que me cabe

pode ser barata ou barato,

aquilo que faço dos meus versos,

com a palavra, ato e desato!

Minas/Sampa

02.12.09

Marçal Filho e Janete do Carmo (in memorian)
Enviado por Marçal Filho em 15/05/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5243069
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