SUSPIRO DO TEMPO

Chamei-te na ampulheta do tempo

Meu tempo válido de prazer

Nas margens do pensar busquei-te

Procurei a sua brisa, para o compreender...

Pelos ventos fui levada, para te ver

Nas caças aos desejos por ler

Contrabalanço do meu momento

Viajemos por este instante pensar

Abracei a inocência dos teus ventos

Adentrei-me nos teus vultos

Caçando as ondas dos seus delírios

No ilusório instante, vislumbro o lírio...

Como posso não desejar aqui estar...?

Se o vento que me almeja

É a brisa pura da nascença

Muito antes de despertar

É o sonho de criança

Para sempre saber amar

É a canção dourada

É o silêncio sorrindo na alvorada

É a equidistância entre a mente e o coração

Como posso não desejar respirar...?

Se é nos teus ventos onde busco inspiração

E é essa razão que faz-me seguir o teu a(mar)...

És a temperança que cresce na seara do atlântico

A medusa eléctrica que ao toque se evaporiza

Espalha e difunde mais rápido que a brisa

Quatro cantos sem esquinas bola mundo

Que de remoinho me encharma (enche de charme) profundo

Me rejubila de vontade de ser

Cuidar , mas nem sei como...

Deixemos nos ir....

Apenas deixemos nos solto

Sem arfar nos nossos medos

Devemos enxergar a beleza nas nossas ruínas

Saber ouvir a voz da alma e compreender seus segredos

Devemos respirar o puro...

Saber ouvir as lamentações do silêncio

Rejuvenescer com as cores que trazem-nos liberdade

Apenas devemos nos despir de toda vaidade...

31/08/2014

( Ana Carvalhosa & Merlin Magiko )

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e Ana Carvalhosa
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 01/09/2014
Reeditado em 01/09/2014
Código do texto: T4944986
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.