AMOR... O TEMPO NÃO APAGA

Quando os ventos poéticos se cruzam, trazem a poesia como ondas para banhar o corpo e alma, dando a mente uma nova forma de se maravilhar, mais uma vez, venho partilhar esta poesia feita a quatro mãos, com a grande poetisa e amiga Celeste Leite, espero que gostem...

No alto da colina, vislumbro a tua lua.

Sinto-me só, abandonado entre as estrelas.

Meu espírito deambula entres as ruas,

Com a negra face da saudade,

O tempo não perdoa, ele apenas voa.

E no mesmo instante,

Vem a solidão deixando-me também ela à toa.

Estou preso ao vento, suportando a garoa.

Navego em circulo, perdido neste vasto mar

Sem rumo, sem fuso,

Embriagado no desespero, sinto-me confuso.

Vejo o horizonte distante,

Perdi a proa, a razão,

Apenas miragens me ofuscam a visão.

Sinto-te tão distante,

Sinto o teu perfume, mas não a respiração.

E sem inspiração,

Escondo-me entre as nuvens do silêncio.

Reparti o ego, para me proteger do frio

Mergulhei nas areias do tempo,

E para entender este augúrio,

Viajo nas recordações....

Tu e eu, relendo as cartas,

Que falam pelos nossos corações.

Como é bom sonhar, como é bom o dom de amar.

Como é bom sonhar-te e poder ficar acordada.

Na madrugada sentindo um só calor,

O amor não se extingue, quando é verdadeiro

Não se perde no mar como um veleiro.

Sei que apenas estás carente

Que precisas de uma mão.

Por isso vou saciar-te na paixão que o tempo levou.

Entregar-te de novo o fogo que o destino apagou.

Uma porta se fechou,

Mas a claridade de novo, por uma janela entrou.

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e Celeste Leite
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 23/02/2014
Código do texto: T4703239
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