A LETRA E O POETA...

Alguém me chamou Poeta

e fingi não ter ouvido;

não sabia se era deboche ou elogio.

Deveria parar e desmascarar as palavras

sem medo de sangrar a língua.

Não!

Como dizer-me Poeta

se a Poesia ainda desbota o brilho do poente

por respeito à fragilidade dos meus olhos?

Não confunda-se Poeta

com aquele que busca o verso.

Fazer poemas é entrar num pomar

e receber as bênçãos da Primavera

até quedar-se em êxtase

com o peso aromático da seara.

Ser Poeta é fazer da vida um pomar

sem se deixar apodrecer

na solidão da colheita…

(MAURICIO C. BATISTA)(IN MEMORIUM)

Não me considero Poetisa,

pois não possuo a qualidade dos sábios das letras

que salpicam pétalas de encantamento pelo caminho,

querendo que a vontade alheia de aprender,

manifeste-se sem causar danos à Poesia.

Ser Poetisa é caminhar pelos jardins dos segredos,

revelando toda alquimia nele contido.

Procuro relatar em meus versos,

apenas o apelo de um coração apaixonado

que insiste em demonstrar

que o amor é feito de pequenos Poemas,

assim como a vida de bons momentos...

Fazer Poesia é perfumar a alma

e sentir o sabor das palavras em cada banquete...

(ESTRELA BRILHANTE)

Estrela Brilhante e Mauricio C. Batista
Enviado por Estrela Brilhante em 14/08/2013
Reeditado em 14/08/2013
Código do texto: T4433990
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