As brumas de uma noite sombria
dissiparam-se na legitimidade de um querer...”
-Thoreserc-
Dueto ao Amor


I-E meu amor é como o dia que nasce
depois de uma noite sombria...
Sol que se abre após furiosa tempestade!

Meu amor é um segundo de paz frente ao mar...
Um segundo fora do tempo medido
Eternidade que não se pode contar!

E meu amor é convidativo
como chuva fresca em tarde de verão!
Meu amor é toda luz bailando entre o nada da imensidão!

A saudade é plenitude de vida
e mesmo ternura em distancia nascida
Meu amor é presente em tudo que vejo
Não há como lamentar
meu amor é estrela, contudo
está mais próximo que a distância de um beijo!

Thoreserc



“Linda flor de Liz
Encante com poesia
O que seu coração nos diz?”

II- O meu amor vive no azul
É luz na escuridão
É alento ao coração.

O meu amor é toda a magia,
Quando entristeço, faz raiar o dia.
É belo, é forte, é anjo... benção...

O meu amor é paz, harmonia,
Canção e pura poesia;
O mais belo entoar,
Seu peito arde em melodia...

Meu amor é mansidão, carinho
Acima de tudo, proteção e
Jamais me deixa estar sozinho.

O meu amor é inspiração,
É chama que queima a paixão...
O meu amor é tão somente amor...

Elliz Rocha


III- Não sei recordar os meus dias antes do brilhar desta luz!
Tudo sempre existiu dentro dela...
E a vida só tornou-se vida diante o amor
que nas vias da poesia para felicidade me induz

Excelso em sua forma de existir
Eterno em legitimidade sem fim!
Amor sem esquemas, pleno em liberdade
E amando sou canção entoada por serafins!
Em inocência plena em céus de felicidade
Tenho asas e alcanço o criador...Torno-me querubim!

Mas e se os corpos unidos estivessem como em alma
Não seria leito, união, brasa em comunhão?
Não há pecado nas almas que se mostram em cadências humanas
Se as bocas se encontrassem e os corpos juntassem... Arderiam em chamas!

 

Thoreserc


IV- Ah, o meu amor...
Parece que aqui sempre esteve,
Entre risos e lágrimas, entre as flores e os falsos amores.

É tão terno... tão eterno...
Sei bem como vivi antes encontrá-lo:
Tudo sempre foi saudade e dor
Dormência, pranto, rancor...

Nenhum outro se compara a ele
É fonte de água que jorra no deserto
Amo de longe como se estivesse perto...
Pois sinto que dentro de mim está.

Ele me toma os sentidos,
Me distrai com um sorriso.
Viajo numa pauta colorida de sonhos, fantasia...
É ele meu sonho, minha sorte... Minha alegria...

Elliz Rocha


V- E quantos perguntam se é amor em solidão
disfarce, um esconderijo, uma maquiagem?
Amor que distante se faz
Parece proteger o coração da má sorte na ilusão!

E pode um homem amar simplesmente
em notas de ternura?
O que abdicar quando se ama nesta conjectura?

Ceifar a paixão, me recomendou o poeta
Fazer do amor irmão
Sem tremores, sem beijos, sem espera!

Quem pode amar assim?
Ser tão abdicado
e por apenas saber existir o ser amado,
ser de tudo tão grato?

Que amor tão desconhecido!
Amor de Madalenas e Claras
Que não precisa do tudo que é quase nada
Para ser inteiro e plenamente vivido!

Amor que amar é quase um ato impossível!
Amor de Cristos e Franciscos!
E se amamos assim, que a Terra não seja casa...
Que dor não exista, pois conquistamos o paraíso!

 

Thoreserc

 

 

 

Elliz Rocha
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 09/03/2013
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