II Caçador de Estrelas (Duetos)
Elliz Rocha e Thoreserc


Tu que olhas à noite para o céu
Porque queres dedicar-te apenas às estrelas?
É tão penoso o teu sofrer
Por que insistes tanto em vê-las?
Em teu coração é inverno
Me parece que em nada te contentas.
Em ti contemplo o sofrimento eterno,
Pois não tens alguém que compreenda
Os teus versos que sempre se fazem inversos
E tua mania de tornar os sonhos imersos.
Por que não olhas para o sol do teu sorriso?
Por que encontrar alegria no que é externo?
Olhe para ti e verás o paraíso
Na melhor forma do amor, o fraterno.

(Elliz Rocha)



Busco os céus da noite
pois no claro do dia sou requisitado...
Dedico-me as estrelas
pois elas me levam para longe deste mundo agitado...
Insisto em vê-las
pois me parecem sóis acompanhados...
Não estrelas solitárias, brilhando em céu que protege seres ingratos...
Por vezes não é fácil suportar o peso de um corpo de aço...
Assim como morre o sol que castiga o deserto
deixando lugar à escuridão
Morre meu sorriso quando meu olhar é introspectivo...
Mas o dia sempre nasce...E voltarei a ser fraterno
Sendo abrigo para os que choram...
Forte...Feliz, porem gelado e refratário como ferro!
E se mergulho meus sonhos nos inversos de minha poesia
é porque me custa sonhar uma vez mais...
Prefiro as luzes das estrelas, pois o sol em sua gloria diz o que já sei...
-Erga-se novamente para a esperança de um novo dia!

(Thoreserc)




Não te julgo por estar entristecido
Mas te indago: o que tanto anseias?
Por que te iludes olhando as estrelas
Se sua ausência te torna mais ferido?

Eis aí o teu coração,
Fonte inesgotável de ternura.
Erga-se, pois a tua emoção
Tem tornado a tua vida mais dura.

Para a estrela-mor volte o teu olhar
E deixe-a transbordar em luz o viver.
Deixe a chama da fé acender,
Para enfim tua alma poder cintilar.
Está aí ela, em ti a brilhar,
Deixe então que ela possa alvorecer.
(Elliz Rocha)



Qual homem neste mundo não se viu sem caminho...
Quem um dia foi tão vazio ao ponto de não sentir tristeza?
Brisa alguma de felicidade fagueira...
Nem raiva, nem medo, nem dor... se quer, uma emoção passageira..
.

 

Já olhei o sol e intentei cavalgar seus raios
Mas sua luz feriu, machucou meu olhos
vaguei cego na escuridão de escárnios...

Foram dias frios e solitários...
Talvez, meu encontro com algum sentir
Quando descobri que o sol não é a maior estrela da criação!
Então... voltei meus olhos para os altos noturnos
Quis me perder na imensidão

Quem sabe em busca de uma luz menos agressiva
que me iluminasse com vida sem provocar sede desmedida!
Como os amores calmos, que nos abraçam sem causar estragos...

Não conheço meus anseios...
Mas de uma coisa sei...Da ilusão não tenho medo!
As estrelas não iludem
Apenas sussurram historias de outro lugar
Onde, talvez, um olhar tristonhos veja o grande sol
tão pequeno, e assim como eu
busque nele alguma coisa em que confiar!

Não reconheço meus anseios
muito menos meus desgostos...
Eles apenas nascem, morrem e renascem para novamente morrer...
Como o ciclo dos dias e das noites segue minha vida...
Mesmo que eu não queira, sim, a felicidade há de alvorecer!
São libertos de meu julgo os que não me compreendem
Pois nem mesmo eu posso muito de mim compreender...


(Thoreserc)



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Site Flores de Liz de Elliz Rocha >>>http://www.ellizrocha.recantodasletras.com.br/
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 22/01/2013
Reeditado em 22/01/2013
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