Desalento Fugaz (Dueto com Bruna Nogueira)

Tua pele peleja a resistir os toques serenos,

Súbitos tremores internos na tua cerviz.

Remetendo-te sozinha à estes vales amenos,

Quintais habitados dos senhores que servis.

Na branquidão deste holocausto frívolo

Aurículas inundadas pelo sangue novo

Bebo da abundante e benta água cristalina

Que jorra piedosamente da tua retina

Bebo do vinho consagrado que teus olhos derramam

Com desespero e tristeza de alma perdida...

A alma fragmentada pela fúria dos pífios sentidos

Grita soturna pela bonança de outros tempos passados.

Beijo-te os pensamentos e cristalizo todo pesar

De seu glorioso viver, temer e habitar impetuoso.

Saudosíssimo de teus presunçosos tormentos por amar,

Vejo-me na derradeira hora da fulga de teu amor esperançoso.

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 18/04/2011
Reeditado em 18/04/2011
Código do texto: T2917274
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