Diga-me,
distante criatura,
quem poderá falar de amor,
senão quem o ouviu
em segredos solitários,
 
feito pingos de um café amargo
que o pires segura?
 
 
Talvez,
quem o sorva em lentos goles,
mantendo despertos os sentidos,
em alerta,
degustando lentamente
o que nunca acaba,
 
mesmo quando nada se ouve,
e a saudade aperta.
Miriam Dutra e CAVALEIRO SOLO
Enviado por Miriam Dutra em 27/02/2011
Reeditado em 11/11/2022
Código do texto: T2818567
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