MAR REVOLTO
E deste sofrer
faço um mar revolto
de ondas violentas
batendo no rochedo
que é meu coração.
Desse mar revolto
faço minha poesia.
Das ondas uma canção.
No rochedo abro janela
e do seu coração faço
um poço de ternura.
Sofro, pela lágrima
derramada...
pela dor que sinto.
Sofro pela palavra
Não dita...
Pelo meu intimo
Ferido.
As lágrimas são pérolas
colhidas no íntimo
da dor que se foi, da
palavra solta ao vento,
da lua ferida, no seu
sentimento.
Sofro
Pela saudade,
que de
Tão forte
Me derruba
Prostrada ,na relva
Molhada
No amanhecer do dia.
No raiar de mais um dia
levanto-me e olho a janela.
Lá fora a relva molhada
lembra-me que sou forte.
A saudade, deixo para traz
junto ao vento que passa.
Sofro,
Pelos anos de sonhos
Tragados pelo silencio
Pelas ilusões
Destruídas...
Pelo eco
De uma voz
Sem som.
No silêncio da madrugada
nossa voz ecoa sem fim.
Os sonhos renascem
dissipando as ilusões.
Sobre ti, o brilho do luar. . .
Dueto: Helocrosio // Wilson
05/06/09.
À minha amiga Heloisa (Helocrosio)
o meu carinho e agradecimento
por tornar mais belo o meu jardim.