QUEM NÃO ACREDITA É OBTUSO

QUEM NÃO ACREDITA É OBTUSO

Dificilmente se convence um ignorante, uma vez que não alcança entendimento, ou se fecha no seu mundo sem considerar o que acontece lá fora. Não sua caverna não entra luz e assim não conhece as cores da vida, a grandeza de ser dotado de inteligência, capaz de se elevar acima da sua mediocridade. Num momento tão delicado para toda nossa gente, onde todos os luzeiros do direito permanecem ligados, mostrando todos os riscos pelos quais estamos passando e sendo ameaçados. Por descuido de todos nós, a democracia foi sendo corroída e, de repente nos demos conta de que pode ruir. Os avisos em todas as suas formas possíveis tem ecoado nas “quatro linhas”, desde o mais alto escalão ao mais baixo de todos. Autoridades do direito, analistas políticos, psicólogos, psiquiatras, todos se esforçando por tentar entender o que se passa na cabeça de tantos brasileiros nesta hora – os do direito, se manifestam indignados, surpresos, nervosos por não entender como fomos cair nessa armadilha; que dizem os analistas em política, quando parecem comungar com suas preferências e, por isso, também desacreditados; do lado da mente humana, um desafio para os psicólogos ( será que Wilheim Wundt explica?) muitos se manifestando sobre o que acontece na mente de pessoas que não conseguem desatar o nó de suas cabeças; mais adiante, psiquiatras procuram tratamento para mentes curtas e doentias (será que Freud explica?) certamente que cabe investigação. Contudo, um indivíduo ignorante, que não tem capacidade de raciocínio, que é incapaz de compreender qualquer coisa mais difícil, ou mesmo por sua rudez, grosseria, indelicadeza, é obtuso. Quem não acredita é obtuso! Assim, nesse universo de preocupações quanto aos indivíduos que se situam nessas condições, quando nenhuma ciência consegue explicar, seria um fenômeno? Uma conveniência? Haveria uma razão que dê sentido a tais comportamentos? Simples direito de escolha? Não da para entender! Teríamos que dizer, por exemplo: Ô indivíduo, acorda! Não vê que estamos indo pro buraco? Não consegue entender que somos nós que definimos o destino político de nossa Nação através do voto? Não consegue entender que a miséria existe, só porque não nos preocupamos para onde vai o nosso dinheiro – aquele dos nossos impostos? Não consegue entender as palavras repetidas de candidatos em todas as épocas de eleições: “educação, segurança, saúde, moradia...”? e a coisa não acontece? Pois é! Quem não acredita é obtuso! Não é para que ninguém se ofenda, mas que se esclareça quanto aos perigos à nossa frente. Prestar atenção aos avisos dos mais sensatos, daqueles que procuram falar a verdade a bem de todos nós, dos nossos filhos, das nossas famílias. É preciso acreditar que cada um de nós que faz parte da sociedade, entende que o seu problema não é somente seu. O seu problema pode ser também o meu – ora, se você se torna um miserável, um preguiçoso e que sequer pensa em sí, isso significa um peso a mais para quem não te deve nada, logo, o seu problema é também meu, e, por isso nos aconselhamos mutuamente. Entre você bater na minha porta para pedir um prato de comida, você poderia ser mais um a ajudar disseminar a fome de outros; entre viver na rua como um mendigo, melhor é te ajudar a ser um homem, uma mulher decente, seríamos mais iguais, tendo as mesmas oportunidades. No entanto, como ajudar quem não quer ajuda? Não que tenhamos um pensamento utópico de que juntos, acabaremos com a fome, com a pobreza, “pobres, sempre tendes entre vós”, foi o que Jesus disse a seus discípulos. Jesus estava dizendo que os pobres se constituem em nossas oportunidades de praticar misericórdia, demonstrar amor ao próximo. Costumamos afirmar que todos nós humanos somos dotados de inteligência, mas nem todos aprenderam a usar desse atributo que por graça do Criador nos foi dado – somos um ser pensante, com obrigação de alcançar sabedoria nas nossas decisões, ou seja, capacidade de tomar decisão. Em ética, não decidir é também uma decisão. Logo, entre não decidir por não encontrar razão para tal, melhor é buscar entendimento, alcançar sabedoria, acreditar que somos iguais, com as mesmas possibilidades. Somos interdependentes, nosso mundo é o mesmo, nosso país tem dono, é nosso. Somos todos cidadãos brasileiros, o país mais rico do planeta, tomemos posse, acredite. Quem não acredita é obtuso. 06-09-2022