Reflexão sobre a vida e a morte

Hoje lendo um texto reflexivo, devido as provas doloridas al qual a vida tem me testado, vieram muitas coisas na cabeça, principalmente sobre a morte, por incrível que pareça quando nosso sentimento está machucado é a primeira palavra que nos vem a cabeça, não sei quem é o autor deste texto, mas senti uma profundidade muito grande por isso gostaria de partilhar alguns trechos aqui para pensarmos juntos como a morte pode mudar nosso egocentrismo orgulhoso e maquiavélico.

"--Se eu morrer amanhã, por favor, não leve-me flores. Você teve uma vida inteira para isso. Também não chore de saudade, não se não tiver me buscado verdadeiramente enquanto podia".

Só esse trecho já diz muito de nós, levamos uma vida inteira com orgulhos e ignorâncias, rindo e satirizando aqueles que nm sempre conhecemos a fundo muito menos acompanhamos suas lutas, mas na morte o saudamos com flores e lágrimas, mas o que fizemos ao longo da vida mesmo?

"--Se eu morrer amanhã, peço: não se arrependa de não ter me dito tudo que queria enquanto meus ouvidos eram algo que não pó. Se eu morrer amanhã - suplico -, não toque minhas mãos frias, não se nunca as tiver sentido quentes".

mas com o que estamos gastando nossas palavras? amores tortos e palavrões desmedidos, boca cheia de palavras vazias, porque não nos tocamos mais, porque não sentimos mais o calor de um aperto de mão, de um abraço apertado, coisas tão simples que pode salvar uma vida, mas nesse mundo morto quem ainda está com abraço apertado e mãos quentes, se os corações estão frios.

"--Se eu morrer amanhã não pense em como seria se eu estivesse vivo, pois eu já estive. E passou. Se eu morrer amanhã, por favor, não diga que me ama, nem que "fui" importante. Eu já não ouvirei isso. Chore, apenas se eu lhe tiver sido bom, mas não chore se não tiver sido comigo".

Quantas vezes falamos para as pessoas o quanto elas são importantes para nós?, da para contar nos dedos, porque melhor do que falar o quanto as pessoas são importantes pra nós é perguntar quanto ela carrega no bolso, e se tem algo que me interessa, na sua morte minhas lágrimas serão mais brandas, porque não terei mais esse bolso para me encostar, as lágrimas por eu ter sido bom, ficarão nas lembranças das pessoas que realmente conviveram comigo, e pude realmente ser bom pra elas como elas foram pra mim.

"--Leia algo meu se bater saudade, mas não leia se nunca tiver lido. Veja fotos minhas se isso fizer bem à lembrança, mas não se arrependa de nunca ter pousado junto a mim. Se eu morrer amanhã, não enlute, não se não tiver lutado comigo. Se eu morrer amanhã, não se surpreenda, morte é consequência de estar vivo".

É tão bonito quando a beira do caixão, alguém muito importante para nós lê algo que marcou nossa vida, mesmo que não ouvimos, mas quem está ao redor pode perceber que não deixamos uma herança pobre, principalmente quando esse texto foi escrito por nós, antes da morte, e o triste é saber dos murmúrios pelos cantos, e a vida segue, quanto tempo esperamos por alguém que lutasse ao nosso lado, mas quem era de se esperar que lutasse ao nosso lado é o primeiro a atirar pelas costas, então porque enlutar, se você não foi capaz de ser um soldado bravo ao meu lado, e preferiu a minha morte do que a minha vida.

"--Se, por acaso, eu morrer amanhã, não olhe profundo para mim - dormido eternamente -, mas lembre-se do meu derradeiro olhar, do meu sorriso e das coisas (boas ou ruins) que eu fiz, para, por e com você".

Vai ser muito mais bonito e vou ficar muito mais grato, se lembrar do que fui, do que vivi, do que experimentei, e principalmente de quem amei, e pelo que amei.

"--Se eu morrer amanhã, lhe peço, não me queira ver, não me queira escrever, não me queira despedir... mas só aceite, só respeite a ideia de que serei silêncio profundo, lembranças doídas e pó eterno e entenda que o que fora feito, dito ou vivido estará trancafiado num tempo chamado passado que debruça-se pouco a pouco no esquecimento e que já não flui, não volta, não muda, não vive, não vê".

Por isso o silêncio só incomoda os fracos, eles não suportam a ideia de perder o alvo, pois não são capazes de encontrar outro alvo antes de ter que brigar consigo mesmo, e só buscam outro alvo por não suportar a si mesmo, por isso valorizo meu silêncio, valorizo minha escuridão e minhas lágrimas, pois sei que isso não vai fazer tanta falta para os que me amam, quanto meu sorriso e minha vontade de viver, e que minha força será motivo de seu ânimo, que minha angustia será sua motivo para sua luta, e que o passado será apenas uma doce lembrança de alguém que passou por aqui, e soube amar.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 14/11/2015
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