TRABALHO, CONQUISTA E RENÚNCIA

O TRABALHO

O trabalho representa em nossas vidas

Oportunidade de crescimento.

É algo a ser levado a sério,

A toda hora, a todo o momento.

Trabalho é benção do Alto,

Revela em nós o Amor de Deus.

Coloca o pão em nossas mesas;

Sustenta meus filhos e os seus.

Todos precisam de um trabalho,

E de trabalhar não só por obrigação.

Empenhar-se o máximo a cada dia,

É trabalhar de coração.

Por isso todos devemos

Trabalhar com todo carinho.

E entender que todo trabalho é útil,

E que ninguém constrói sozinho.

Para conseguirmos um resultado positivo em nossos ideais é necessário assumirmos responsabilidades e dividirmos tarefas. Quando alguém quer assumir o controle de todas as funções, acaba se desgastando e não deixando que outros aprendam a andar sozinhos, e entrava seus próprios passos. Por esse motivo, dentro de uma casa, em um local de trabalho, em uma instituição religiosa, em um estabelecimento de ensino ou grupo de estudos, é de bom alvitre a divisão da lide.

Esta divisão está sendo muito necessária e utilizada dentro do lar, pois de uns tempos para cá, com a saída da mulher de dentro de casa para trabalhar fora, as tarefas domésticas, despesas, os cuidados com os filhos, e tudo relacionado a uma casa/família, sofreu alteração. Muitas mulheres têm uma jornada dupla: Além de trabalharem fora para ajudar nas despesas da casa, precisam ser mães e donas de casa.

Graças ao Bom Deus, à luta pela igualdade de direitos, aos poderes terrenos que movimentam parcialmente o nosso planeta, Legislativo, Executivo e Judiciário, ao poder da Mídia, também, que hoje é considerado o quarto poder, pois ela tem uma influência muito grande em nosso meio, isto está se revertendo. Aos poucos, elas, as mulheres, estão mostrando que têm talento, capacidade e que podem se destacar em qualquer área.

Mas nós, homens, não precisamos nos preocupar com isso, achando que as mulheres estão tirando nosso trabalho, absolutamente. Estamos apenas devolvendo a elas o que tiramos. Há espaço para todos nós no mercado, desde que se tenha consciência e fraternidade, porque sem elas as coisas não funcionam bem.

Devido à ganância, à vaidade, à falta de visão da vida futura, ao materialismo, à falta de uma remuneração adequada, ao preconceito, à ambição desproporcional é que vivemos uma desigualdade social. Se houvesse um salário justo para um homem e uma mulher, independente da atividade realizada, muitos não precisariam ter dois, três ou mais empregos, ocupando diversas vagas ou passarem por necessidades básicas. E qual é o salário justo? Aquele que dê para manter as necessidades básicas de uma família como alimentação, vestuário, remédios, material escolar e lazer. Isso poderia ser aplicado se houvesse os itens mencionados anteriormente.

Situações de discriminação e desprezo em relação ao sexo feminino existem aos montes. Após executar seus trabalhos no plantio de alimentos ou em outras atividades, a mulher passa a realizar funções diversas dentro do lar, enquanto esposo e filhos se rechaçam num assento qualquer, na crença de que ela é obrigada a lhes servir.

A mulher, sentindo-se injustiçada, com toda razão, levantou a cabeça e começou a buscar seu espaço, mas com essa busca em querer ser independente, o lar ficou sem o amparo de uma protetora, porque ela extrapolou limites que não deveriam ter sido vazados. Seus filhos, com pouco contato com o pai, agora, não têm mais o contato com a mãe.

Não estamos dizendo aqui que seja errado que uma mulher trabalhe. O que recomendamos é que o trabalho não sugue todas nossas energias e tempo, ao ponto de não termos tempo para comer juntos com nossos filhos, levá-los ao templo religioso, sairmos juntos para brincar, ensinarmos o dever de casa, irmos às reuniões escolares, enfim, vivermos um pouco da vida deles e prepará-los para o amanhã. Essa noção de fraternidade e organização no ambiente doméstico é de extrema relevância para as atividades fora do lar. Sem elas nossas vidas descambarão.

A desorganização e a competição dentro do ambiente de trabalho têm causado inimizades, porque dentro das próprias casas as pessoas vivenciam isso. Por isso, uns trabalham demais e outros de menos, ocorrem as fofoquinhas, as boicotagens, o automatismo e o ganhar mais antes de qualquer coisa. São esses fatores que entravam o crescimento e o bom funcionamento de qualquer órgão, seja público ou privado. Enquanto uns fazem o trabalho, tranquilamente, da melhor forma possível, outros vivem acelerados, querendo mudanças a qualquer custo e querendo ganhar mais que os demais. Não ouvem, não aceitam sugestões e a ideia boa só é aquela que parte deles. Isso gera desconforto em qualquer ambiente. O líder de um grupo deve estar atento a isso e ter a visão de trabalho em equipe organizado, de forma que haja resultado satisfatório para funcionário e empresa, onde ambos serão conscientizados da importância de se fazer o melhor para se conquistar o melhor.

Em se tratando do funcionamento de uma instituição religiosa, o proceder não deve ser diferente. Alguns acham que por serem padres, bispos, pastores, presidentes de casas espíritas ou que por fazerem parte de uma diretoria, tudo tem que ser do jeito que eles querem. Essas coisas ocorrem porque ainda temos em nossos íntimos uma soberania bem arraigada. Não aprendemos a lidar com opiniões contrárias e nos achamos donos da verdade, e perdemos oportunidades valiosíssimas de aprendizado e crescimento. As boas ideias e sugestões podem vir de qualquer canto: De um instruído em certas áreas, ou de um experiente em outros campos da vida, de uma mulher ou um homem, de um ancião ou um menino. Muitos, ainda, analisam o outro pelo que ele tem e não por aquilo que ele é. Aqueles que achamos que por vestirem uma roupa simples, falarem palavras que fogem um pouco das regras gramaticais ou por não desfrutarem de um poder aquisitivo, podem saber muito mais do que nós acerca de diversas circunstâncias. O conhecimento e a sabedoria podem estar dentro de qualquer um, não importa. Por isso, a necessidade de ouvir e de se dar oportunidades de opinar a todos.

Em uma instituição de ensino, que é o foco que irá formar cidadãos, a visão de “profissional” precisa ser abrangente. Paralelamente ao ato de formar um profissional, que se forme um profissional completo, que saiba se relacionar, que tenha boas atitudes e que passe credibilidade e simpatia para os demais. Que seja maleável, sem perder a firmeza, que procure pensar, sem ser indeciso, que seja técnico, sem deixar de ser humano e que esteja disposto a somar, entendendo que sozinho não se vai muito longe.

Já em um grupo de estudos ou a apresentação de um trabalho em grupo, temos que observar o que cada um pode oferecer e com o que pode contribuir. Se assumirmos a frente e fizermos tudo, pode ficar muito bonito, o diploma pode vir com notas notáveis, mas houve uma preocupação apenas com o “meu” e o companheiro de grupo não foi junto. Dividir tarefas é dar oportunidades de desenvolvimento. E se o trabalho não sair conforme o nosso desejo, mas alguém aprendeu algo, se esforçou, enfrentou medos, mesmo que o objetivo visualizado não tenha sido alcançado, isso serve como experiência e refletirá em todo e qualquer âmbito, futuramente. Nós é que não podemos querer fazer tudo por nossa conta ou deixar todas as responsabilidades apenas nas mãos de um líder, de um supervisor, diretor, inspetor, coordenador, gestor público, presidente de uma instituição, pai, mãe ou irmão.

Assumir muitas tarefas é nos desgastar física, emocional e psicologicamente. Para contornar essas situações é necessário o diálogo, a exposição de ideias e sentimentos. Enquanto estivermos fazendo tudo, inclusive o trabalho de outro, ou nada, sem uma avaliação da situação, o resultado poderá até parecer bom, porém, no íntimo, não estaremos bem, já que falhamos ao deixar tudo nas mãos de alguém, atribulando-o, ou de abraçarmos tudo para nós, sufocando-nos.

Há a necessidade de cumprirmos com a nossa parte, porque se não o fizermos, não nos tornaremos responsáveis, não evoluiremos e sobrecarregaremos alguém. O importante, antes de qualquer coisa, é termos boa vontade e seriedade, empenhando-nos ao máximo.

Cada um deve lutar ao seu modo e assumir sua responsabilidade na

frente da linha de comando e agradecer àqueles que lutam e que lutaram por nós e junto de nós, sacrificando suas vidas. Reconhecer o valor de quem nos ajuda, dando um abraço, fazendo uma oração ou uma prece, ou dizer simplesmente “obrigado” é sinal de gratidão.

Gratidão. Que não nos esqueçamos de agradecer a Deus pelo ar que respiramos, a comida que vem em nossa casa, a água que nos banha, que sacia nossa sede; essa fonte de vida tão preciosa e insubstituível. Agradecer pelo nosso trabalho, família, amigos e até mesmo os problemas, porque é tudo isso que nos faz ascender.

Ao desempenharmos bem nossas atribuições, ampliaremos nossas capacidades e estaremos preparados para assumirmos maiores responsabilidades, onde poderemos restaurar as almas perdidas pelos caminhos espinhosos, assim como um dia fomos ou deixaremos de ser. Todos os dias surgem oportunidades de amadurecimento em nossa jornada, e somos notificados, constantemente, acerca de nossa conduta através de vicissitudes diversas. Surgem, outrossim, as pessoas que acrescentam muito ao nosso saber, não importa o que façam. Nunca deixemos de amá-las, assim como Deus nos ama, fazendo o que for possível para auxiliarmo-nas, na certeza de que são enviados do tempo para o auxílio de nossa lapidação. Em qualquer uma das situações descritas acima e outras que surgirem, aprendamos a dividir, multiplicar, subtrair e somar: Dividindo bons momentos, conhecimentos e responsabilidades, multiplicaremos os resultados construtivos, e subtraindo ociosidade, pensamentos deprimentes, ingratidão, a fala contundente e a violência de nosso meio, somaremos com aqueles que se dispõem a ser feixes de luz que reluzirão no mar escuro do velejador perdido, sendo um farol a guiá-lo para fora de qualquer turbulência. Estejamos atentos aos sinais que nos são enviados constantemente, por experientes velejadores. Entre eles está alguém que disse ao mar revolto “sossegai”, e este se acalmara. Guiados por Ele, estão outros agentes e colaboradores, por toda parte, invisíveis, às vezes, ostensivos, em outras, pois no Espaço Sideral do Universo e de nossas vidas estão lecionistas e lições valiosas que nos possibilitarão grandes realizações.

Lembre-se, não existe o acaso. É preciso dar atenção, valor e importância à tudo aquilo que surgir em nossa jornada. São mensagens do Céu.