Um mundo melhor por Eryka Lyra.
O ponto final.
O último sorriso.
O vestido não usado.
A viagem não feita.
Os pratos do jantar ainda sujos.
A cama de lençois não desfeitos.
O beijo na filha não dado.
O gole amargo da realidade.
A tecnologia faz com que o telefone não toque mais.
Chega uma mensagem, uma notícia virtual de violência cotidiana.
Moça nova, bonita, podia ser sua amiga.
E a frequência desses atos insanos nos anestesia.
Podia ser? Qual o nome mesmo?
E se relembra todos os momentos vividos.
O último adeus não dado.
E toda uma vida feliz interrompida.
Até quando?
Até quando fingiremos que essa violência social não nos atinge?
Deixamos para os outros resolverem.
Eryka e muitas outras vítimas desse caos urbano não pedem vingança.
Só justiça e paz.
Nos pequenos e grandes gestos, qualquer um e todos podemos ser agentes modificadores do mundo.
Mas para quê manifestos armados cheios de estilhaços humanos?
Para quê pseudo-ideais igualitários se na primeira provação de favorecimento individual o seu irmão é deixado de lado?
Palavras bonitas e discursos inflamados ganham muitas vezes aplausos para calar a voz de subconscientes perdidos na sedução da corrupção do mundo.
Mas nunca é tarde para pensar,sentir e agir pelo que vale a pena na vida.
Mais amor e Deus, por favor.
*Diva aí no céu, Galêga!