Discurso acerca dos valores humanos.

O homem é seu causador oficial de tudo.

Tudo começa no espírito, na alma do causador. As consequencias das causas e a culpa de quem as causou não está em Deus, não estão em seres Divinos, em ancestrais, nem na natureza, e nem nas outras pessoas. Tudo se encontra dentro de nós mesmos. Nossos problemas começam dentro de nós, em nossos pensamentos, em nossos corações, em nossas crenças, em nossa fé (ou na ausência dela), em nossos hábitos, nossas atitudes, em nossos valores, que por escolha própria podemos adotar. E é também dentro de nós que surge a solução para nossos problemas.

Todas as pessoas que já conheci em minha vida inteira, tiveram algo de especial dentro delas. Algo que somente elas tinham e somente elas poderiam exalar. Ninguém que já conheci é inteiramente ruim ou inteirmanet bom. Nossos valores são únicos em nosso jeito de tê-los e sê-los, e esses mesmos valores são em si, contraditórios.

O próprio homem criou maneiras de se representar.

O médico existe para curar os enfermos, mas se esquece que antes de tudo, precisa aprender a se curar, a curar sua alma, que quando não bem tratada e bem alimentada, se torna uma alma enferma.

O advogado existe para defender causas, algumas delas, que o mesmo advogado, como pessoa, não acredita. Antes mesmo disso, o homem precisa aprender que assim como o direito, nas relações humanas também existe sempre o outro lado, existe sempre uma outra defesa buscando ser compreendida.

O arquiteto existe para projetar e decorar instalações de moradia, comércio e outras. E mais uma vez, o homem tem de aprender que é necessário projetar e decorar sua alma antes.

O engenheiro existe para dar execução ao projeto do arquiteto. Pois bem, uma alma bem projetada e bem decorada executará boas ações, bons hábitos, boas atitudes e condutas.

Assim como estas profissões, existem outras que o homem criou em benefício carnal, material, físico, esquecendo-se de seu bem maior, do ímpeto vivencial, que é seu espírito, sua alma.

Nós, homens, costumamos ser covardes, cruéis e injustos.

Um exemplo claro disso é quando discutimos com pessoas das quais temos o costume de admirar e amar. Em geral, quanod nos chatemos com estas pessoas, é comum que joguemos com palavras em forma de "tapas" expressões baixas, e opiniões ruins sobre estas pessoas. Estas opiniões não passam de ideias momentaneas.

Nesta horas, esquecemos das partes boas e das coisas especiais que o outro tem e damos visão apenas ao lado fútil e ruim do outro.

Em suma, estas opiniões ruins e momentaneas são, na verdade, tudo aquilo que nós queremos enxergar e tornar real naquele instante, para fomentar em nosso ego, a vontade de diminuir o outro.

Ora, todos nós cometemos erros, todos nós estamos sujeitos a cair, porquê então nestes instantes não recordamos que também possuímos o nosso lado errôneo? Afinal de contas, somos todos humanos.

O que nos falta, é parar de tornar tão fácil e às vezes, também tão injusto enxergar somente os erros nos outros enquanto é quase impossível para nossa vontade enxergar erros dentro de nós e avaliar o lado bom do outro.

Deveríamos rever nossos pensamentos, crenças e atitudes, antes de fazer esse tipo de avaliação a respeito de outras pessoas.

Sabem o que me impressiona? Quando as pessoas acham uma barbaridade uma filha matar os pais, o pai matar uma filha, o marido matar a esposa, a esposa matar o marido, o pai matar a família inteira, sem antes pensarmos que, algumas pessoas que não cometem estes tipos de crime matam pessoas diariamente. Sim, matam pessoas na alma, no coração, através de atitudes, de palavras, de injustiças, injúrias, apenas por se esquecerem que o próximo é também humano.

E esses humanos e o mundo inteiro, estão com fome.

Fome na alma. Fome de de amor, de paciência, de perdão, de compreensão, de gratidão, de respeito, de privacidade. Fome de silenciar suas palavras por vezes, de deixar que o toque, o olhar e as atitudes (aquelas pequeninas, mas singelas e singulares) falem mais e melhor do que as palavras. Fome de companhia, de apoio, de simplicidade. Fome de pensar não com o tato e a visão apenas, mas sim com o coração e o espírito.

Por falar em espírito, devo dizer que é neste, e somente neste que conseguiremos encontrar alimento para toda esta fome.

Não procure seu alimento para sua fome espiritual dentro da alma de outra pessoa. Você tem o seu dentro de si!

A dica que lhes dou é que não mantenha seus hábitos decorrentes de seus gostos, procure renovar e experimentar ainda que não goste, procure fazer parte, estar presente, e pesquisar sobre as coisas, mesmo que não seja de seu agrado. Procure o bom em tudo.

Se alguma vez não encontrar o bom, saiba que que você fez o bom, em procurar, em experimentar, em sair da sua "zona de conforto".

Leka Marques
Enviado por Leka Marques em 11/06/2010
Código do texto: T2313372
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