A FERRARI DO ROMÁRIO VIRA LATA-VELHA

A Ferrari do ex-jogador Romário, de 1 milhão de reais, foi completamente destruída. O seu amigo havia pedido emprestado o carro e acabou batendo a máquina e a destruindo completamente. Com o amigo não aconteceu nada, pois a imprensa não divulgou nada a respeito. Apenas, que o proprietário ex-jogador de futebol riu do episódio e disse que somente iria emprestar agora para o amigo o seu fusquinha.

Isso me lembra um amigo meu, o Celisbelto, que acabara de comprar um carro. Não foi uma Ferrari, mas foi um Palio zero quilômetro. Mas para esse meu amigo é como se fosse a sua Ferrari. Não comprou com a mesma facilidade que o Romário havia comprado a sua máquina, mas comprou o seu primeiro Palio zero. Diversas prestações, tirando todo mês mais de quatrocentos reais do bolso e ficando um pouco mais apertado.

Esse meu amigo, ao contrário do ex-jogador de futebol, tinha um ciúme danado do carro. Não deixava ninguém pegá-lo. Quando ele encostou a porta do seu possante na árvore, que ficava em frente à sua casa, quase teve um enfarto. Mas logo viu um arranhão e teve que tomar um calmante.

Num domingo, Celisbelto pegou a revista semanal para ler e viu que Romário apenas sorriu, quando soube que a Ferrari de 1 milhão de reais havia virado lata velha. Ele ficou pensativo e reflexivo, pois o seu ídolo não tinha apego a coisas materiais. Poucos minutos depois, um amigo de infância entrara na sala e perguntou se podia pegar o carro emprestado. Logo o meu amigo lembrou-se do Romário e abriu o coração. Deu a chave. Mas, cuidado...

À tarde teve a notícia que seu amigo bateu o seu Palio novinho num poste. O velho amigo de infância estava ruim no hospital e o seu carro havia amassado a frente. Mas nada que o seu seguro não resolvesse. Celisbelto foi pego chorando na sala com a revista na mão. Celisbelto não fique assim, seu amigo vai ficar bom. Ele só dizia em soluções: “Meu carrinho, meu carrinho”.

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