GLOBALIZAÇÃO: UMA VERGONHA MUNDIAL

GLOBALIZAÇÃO: UMA VERGONHA MUNDIAL

Fui ao médico outro dia e como sempre eles nunca atendem na hora marcada, fiquei folhando algumas revistas até que a minha vez chegasse.

Nesse tal de ficar passando páginas de revistas velhas, vi uma fotografia que me chamou a atenção.

Numa avenida movimentada de São Paulo, corriam juntos: uma Mercedes preta com janelas escuras, um cavalo puxando uma carroça meada de papelões e dois amigos carroceiros em cima daquele material e no fundo uma indústria fabricando coisas e poluindo o ar com suas duas enormes chaminés.

Fiquei imaginando a distância social que havia entre aquelas pessoas. Na minha laica reflexão, percebi que há em nossa sociedade três tipos de renda:

1 – o salário, a renda do trabalho oferecido pela pessoa que exerce uma determinada função. Essa remuneração pode ser satisfatória ou não. Pode-se ajudar o funcionário crescer financeiramente ou não.

2 – o lucro, a renda do capital investido. Ou seja, é o que o capital obtido por uma determinada pessoa progride diante do investimento feito pelo mesmo. “Dinheiro gera dinheiro”. Um vive de salário e o outro do lucro.

3 – do nada, a renda obtida por aqueles que estão à margem da sociedade, que jamais entrarão no mercado de trabalho. Como eles também amam a vida, vão tentar de alguma maneira sobreviver. E acabam levantando um dinheirinho na informalidade.

Nós vivemos numa realidade doida de globalização onde somente o lucro tem privilégio, os seres humanos em si não.

O sistema de globalização mais exclui do que inclui. Pois não há dependência recíproca nesse sistema. Hoje nós já não estamos mais vendo a opressão e a exploração, mas estamos sim vendo a exclusão dos oprimidos e explorados do corpo social. E isso é terrível.

O sistema vigorante não precisa dos pobres. Esses são supérfluos, portanto, descartáveis.

Essa massa sobrante também ama a vida e luta por ela.

E pela vida essa massa é capaz de fazer coisas não imagináveis pela outra que nunca passou por tamanha constrição. Os que vivem essa realidade descartável, podemos dizer que são pessoas sem cidadania e isso é altamente preocupante.

É muito desastroso imaginar que o sistema de lucro globalizado não é realizado pensando em todos.

É desumano o sistema que vivemos.

Em pleno século XXI há pessoas morrendo de fome, de doenças que já deveriam ter sido banidas do planeta há séculos, pessoas sem moradias no planeta terra! Pessoas sem nada, nada, nada!

E outras riquíssimas! Mas riquíssimas mesmas!

Desculpe os milionários que porventura lerem essa crônica!

Mas isso não é de Deus!

Deus ao criar-nos, não nos criou para vivermos assim! Seja Deus, ou Ser Superior, ou nada dessas coisas!

Mas, só pelo fato de haver uma desigualdade social tão grande entre seres considerados inteligentes, já mostra que alguma coisa está errada.

No mínimo são asnos que se dizem inteligentes!

Os lideres mundiais se dizem inteligentes!

Que inteligência é essa que permite haver uma desigualdade tão avassaladora entres as pessoas?

Eu acredito em Deus e medito com preocupação essa vergonha mundial.

É isso!

Acácio

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 16/04/2008
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