ALMA CONFINADA

Minha alma letargica, confinada em sentimentos ambíguos perde-se em pensamentos e sonhos. Sonhos distantes, sonhos incontidos, sonhos abstratos quase insanos, querendo correr, voar, desbravar paisagens deconhecidas, conquistar horizontes, vales e montanhas, rasgar o véu da inoscência, arcar com as consequências, percorrer trilhos que se perdem por becos e planícies; solidão monótona, dilacera as entranhas. Ih! lá vem o trem desvirginando a paisagem quase imaculada. Acorda alma confinada, ergue-te pôe-te a correr em busca de teus anseios, deixa incauto os teus flagelos. De que vale sonhar se coloca-te adormecida e displicente, se acomoda-te a insignificancia irreal que te aprisiona, se substimas e negligencias tuas oportunidades, cedidas a ti como bônus de esperança, desvencilha-te desta metamorfose que enclausura tua liberdade. A estrelas sucumbem ao tempo, a terra move-se constantemente em busca do calor do sol, a chuva penetra o solo dando-lhe vida e frescor, os pássaros trocam suas plumagens a fim de saudar a estações renovadoras. O universo explode, retrai-se e expande-se, emerge e submerge; criando, modificando a tudo e a todos. Não te condenes nem te atreles a quimeras que te fazem esmorecer e sentir-te desesperançada. ACORDA ALMA CONFINADA.

Jozy Marcely
Enviado por Jozy Marcely em 08/03/2008
Reeditado em 28/08/2010
Código do texto: T893000
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