Zé buscapé e seu bacamarte
Como de costume, após o almoço de prato montanha, Zé buscapé tirava o seu cochilo habitual no paiol.
Minutos após uma tragada bem dada no cigarro de palha, o sertanejo adormeceu em um sono pesado que o o envolveu até a alma. Não se sabe se sonhou, se imaginou ou se foi envolvido, de fato, em um abraço apertado dado pela fumaça abrangente do fumo.
Esse pensamento o envolveu e o intrigou, fumaça nenhuma abraça apertado, mas, o tempo, de repente, se escureceu com o negrume.
Do meio do nada, um saci apareceu, lhe deu uma rasteira, arrancou-lhe o chapéu, a camisa e as calças e fugiu pelo milharal, Zé, não viu de que hora catou seu bacamarte saiu atirando e gritando para que o moleque sapeca lhe devolvesse as roupas.
Ofegante, o caipira parou de correr desembestado, enxugou a testa na manga da camisa, ajeitou o chapéu, apertou o cinto folgado da calça, e, foi aí que percebeu que não fora atacado pelo Saci, e sim por um sonho travesso.