OFF-LINE OU OFFLINE

Francisco de Paula Melo Aguiar

Eita gente desligada!

O brasileiro nos parece viver off-line ou offline ou seja desligado do mundo para inglês ver.

Ontem ouvimos em alto e bom som o chefe da nação pedir aos governos estaduais e ao INCRA, a relação de terras disponíveis para desapropriação para fins de reforma agrária e respectivos assentamentos.

Tanto faz "off-line" ou "offline", em inglês ou português, o significado é o mesmo, mantenha distância ou desligado de si próprio com o resto do mundo.

Até aí tudo bem a luz da Carta Magna de 1988 e do estatuto da terra sancionado pelo Presidente Castelo Branco, portanto, originário do Regime Militar de 1964.

Ressaltamos, porém, da fala do chefe nacional referido, o fato do mesmo em sua fala afirmar que não está dizendo que o MST ou os sem terra, parem de invadir ou de fazer reivindicações ou invasões de terras para reforma agrária.

Assim sendo, se deduz que o "poder" paralelo do MST, faz apressar desapropriações de terras para assentamentos, etc, o que faz instalar insegurança jurídica e social no campo ou zona rural e gerar conflitos entre aquele movimento e o direito constitucional ou garantia de que terra produtiva não pode ser invadida para ser desapropriada.

A invasão de terra produtiva por quem quer que seja é crime, porque fazer justiça com às próprias mãos por pessoas físicas ou jurídicas é crime.

A autoridade maior nacional de qualquer nação deve inspirar no exemplo pacífico as boas relações internas e externas de seus atos, porque o conflito armado ou desarmado só produz o caos, o adubo que nada aduba.

Outro escândalo é ver ao vivo e a cores às das fazendas, engenhos e usinas que sofreram desapropriações para reforma agrária, ficarem abandonados e sem nenhuma atividade econômica ou empresarial rural ou não. Isto é um absurdo, pois, estão sendo totalmente depredados tais ambientes históricos, sociais e empresariais que tanto contribuíram para o desenvolvimento local, regional e nacional, a exemplos típicos do conjunto arquitetônico da sede da Usina Santa Helena, em Sapé/Pb, da se do engenho Maraú, em Cruz do Espírito Santo/Pb e do Engenho Itapuá, em São Miguel de Taipu/Pb, dentre inúmeros outros no Brasil inteiro.

No imaginário popular existem muita gente preguiçosa no MST, com raríssimas exceções de trabalhadores puros de primeira linha.

Assim como tem o CadÚnico para ingressar nos programas sociais no Brasil, por estar abaixo da linha da pobreza ou das condições mínimas da sobrevivência humana, o nosso governo deveria criar o CadÚnico da reforma agrária nacional para acabar com a invasão indevida de terras produtivas e evitar o conflito armado no campo ou zona rural indevido.

É triste viver online ou on-line.

Quem pode, pode e o governo federal pode quase tudo, basta querer assim proceder, a começar a fazer o CadÚnico da reforma agrária nas terras que foram entregues para assentamentos da própria reforma agrária e que continua improdutivas e nada produz por seus assentados ou que já repassaram por recibos de gavetas tais posses para terceiros...

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/04/2024
Reeditado em 16/04/2024
Código do texto: T8042660
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