SE BEBER, NÃO CEIE...

Achei um velho texto sobre o filme brasileiro "SE BEBER, NÃO CEIE", produzido e disponibilizado há tempos, não tão distantes, pela Netflix.

Reproduzo-o, para meus amigos na hipótese de que, na época, não o tenham lido.

O Roteiro do filme foi escrito por Fábio Porchat, que também está no elenco, junto com Gregório Duvivier.

Trata-se de uma paródia da última ceia de Jesus Cristo.

O trabalho, se pode assim ser chamado, eu o classifico como blasfêmia- sem respeito, por representar um "Jesus" pervertido sexualmente uma "Maria" maconheira, um José corno, e os "Apóstolos" como homens dados à práticas de costumeiras orgias.

Entendam, os meus amigos, que ao me posicionar contrário ao conteúdo mencionado estou fazendo uma defesa de cunho histórico e religioso dos personagens reais que são representados de maneira a ridicularizar as suas trajetórias.

Durante muitos anos não professei qualquer fé mas, de 2021 para cá adotei o Cristianismo, vindo a batizar-me em 10.12.23.

Fique claro que a minha posição, contraria o obra vergonhosa, seria e mesma, independente de eu ser Cristão ou não.

Adotei esta conduta-critica- por acreditar que todas as denominações Cristãs podem e, efetivamente, levam os seus membros a estabelecer uma ligação com o Ser Supremo e buscar a sua elevação espiritual , enquanto no convivo fraterno com outros Seres Humanos e com toda a Criação Divina, durante a sua existência neste planeta.

O meu posicionamento crítico deve-se ao fato de que o filme em questão atesta, de maneira definitiva, a crise de valores e a falta de respeito que invadiu a cultura brasileira, nos últimos anos.

Os seus autores fazem parte da geração que perdeu as mais elementares noções de postura e de dignidade.

E esta geração, em perdendo seus valores e sua postura, não reconhece mais a Família Tradicional como formadora e mantenedora dos valores morais de nosso povo;

Esta geração, não vê na escola - da fundamental à universidade-, como uma entidade capaz de prover formação cultural, mas sim como centro de difusão de perpetuação de práticas contrárias a formação cidadã de nossos jovens;

Esta geração, não vê no Professor – do fundamental ao universitário- um agente de transformação e de transmissão da valores científicos e culturais e não o vendo, assim, debocha de sua atuação e vulgariza sua presença em sala de aula;

Esta Geração não acredita no trabalho e na meritocracia como meio de formação social e econômica de nosso povo e os substitui pelas ações de compadrio e pelo famoso” jeitinho”, para obter sucesso e fortuna;

Esta geração não tem responsabilidades presentes e futuras e pouco se lhe dá o que vai acontecer, no futuro, com as pessoas, com a sociedade e com o País;

Esta geração é a geração da mentira, da hipocrisia, da banalidade, da molecagem, da falsa sensação da realidade;

Então, não é de se admirar que esta geração de “ Porchats e Duviviers” tenha feito um ato desta monta com figuras históricas de grande representatividade e adoração por parte de bilhões de pessoas em todo o mundo e às quais se deve, no mínimo , respeito pelo que foram, pelo que são e pelo que continuarão sendo;

Não é de se admirar, também, que se a obra sendo exibida nas salas de cinema do país, tenha lotação nunca vista e se , somente, nos canais fechados da Netflix, tenha sido objeto de milhares de acessos e comentários a favor;

Não é de se admirar que surjam intelectuais defendendo o conteúdo criminoso e fazendo apologias sobre esta nova forma de ver figuras históricas, enlameando suas imagens para que fiquem de acordo com o que pratica e com que faz esta geração.

Mas, independentemente desta Geração maldita que está fazendo um enorme mal ao País, espera-se que, de algum canto do Brasil, deste Brasil atual, surjam vozes mais fortes e textos mais contundentes do que este.

E que pelas suas forças, pelas suas contundências, pelas suas ações e pelos seus exemplos, sejam capazes reconstruir nosso país, fazendo surgir da ruinas culturais de nosso povo um novo edifício político, social, moral, econômico e cultural capaz de abrigar a todos nós, com honra, com honestidade, com dignidade e, acima de tudo, com respeito.

ERNER MACHADO
Enviado por ERNER MACHADO em 04/04/2024
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