ROMANCISTA

Francisco de Paula Melo Aguiar

O escritor francês Émile Zola, nascido em 2 de abril de 1840 e falecido em 29 de setembro de 1902, dentre suas citações, destacamos que "o amor, como as andorinhas, dá felicidade às casas". É fato.

Por outro lado, o poder constituído entende que "os governos suspeitam da literatura porque é uma força que lhes escapa", porque o escritor não lhe pede autorização para pensar e escrever o que bem entender, inclusive contra os governantes e suas injustiças sociais, onde tudo que existe é de Deus e a propriedade é de ninguém.

E Zola, realmente é racionalmente aceito por seus conceitos abstratos, porém, concretos nos casos práticos e ou concretos, com ou são ideologias imediatistas de plantão, porque o homem não pode correr dele próprio. E ele escreve assim, ainda: "se eu a formulasse, a minha definição de obra de arte seria: uma obra de arte é um ângulo da criação vista através de um temperamento" e não de vários temperamentos.

Isto mesmo, porque "no decorrer dos séculos, a História dos povos não passa de uma lição de mútua tolerância, e assim, o sonho último será envolvê-los todos numa ternura comum para os salvar o mais possível da dor comum. Por outro lado, afirma, assim, que "no nosso tempo detestar-se e ferir-se porque não se tem o crânio construído exatamente da mesma maneira, começa a tornar-se a mais monstruosa das loucuras", porque realmente cada pessoa tem a construção craniana única, assim como as suas digitais.

Não existe um só crânio igual no outro, assim como as digitais em toda a humanidade.

Assim o intelecto está presente quando " o espectador, considerado individualmente, é por vezes um homem inteligente; mas os espectadores, considerados em massa, são um rebanho que o gênio ou até o simples talento têm de conduzir de chicote em punho", porque a mente humana é diferente da visão do outro plenamente. A mente humana é terra que ninguém anda.

Em suma, o escritor escreve o argumento dos personagens por ele criados para atender o "chiste" de quem pensa e escreve, pois, Zola diz que "um romancista é constituído por um observador e por um experimentador", portanto, a experiência ou a prática é o instrumento invisível antes de tornar-se visível na escrita no papel do jeito pensado no imaginário de cada autor, sendo seu próprio ator e ou personagem central.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 02/04/2024
Reeditado em 03/04/2024
Código do texto: T8033444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.