Escárnio

NUNCA fui contra festas populares, especialmente as mais tradicionais como o São João, carnaval, Ano Novo, Padroeira… São manifestações do povo é, portanto, devem ser respeitadas. Porém há que se respeitar os que não participam dessas festividades.

Mas se defendo e admiro as festas populares, divirjo e condeno o exagero, execesso, irresponsabilidade, descaracterização e escárnio à situação do povo com os gastos astronômicos com essas festas. Sim, porque via de regra usa-se dinheiro público para custear os gastos com festas, dinheiro que poderia ser usado em obras sociais e de infraestrutura ou saúde e educação, gasta-se fortunas para pagar cachês a artistas e bandas da moda, estruturas, segurança e o escambau, além da picaretagem.

Estava ouvindo um noticiário e foi dito, pasmem, que uma cidade do interior da Bahia, cidade que está em estado de emergência, vai pagar ao cantor Gustavo Lima a quantia de um milhão e trezentos mil reais por uma apresentação, fora as mordomias e despesas extras. E vai ser pago com dinheiro público. Uma pergunta não pode calar: isso só sucede nesss cidade da Bahia? Não, a orgia com dinheiro público é geral. Acho isso uma vergonha. E a justiça fica calada, omissa e conivente. É muito triste. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/02/2024
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