QUEM É O POBRE?

QUEM É O POBRE?

Tomando do conceito original, levando-se em conta que pobre é aquele que não produz riqueza, isto é, não sua a camisa, ou, ainda não entendeu que o ensinamento deixado ao homem é que, “do suor do teu rosto comerás o pão da terra”. Pode ser ainda, do esforço físico, do esforço intelectual, do esforço do saber, etc. Portanto, do suor do teu rosto. “... se alguém não quiser trabalhar, também não coma.” (2Ts 3.10), esta é a lógica, preguiçoso não pode ser beneficiado pela comida alheia. Então, deve morrer de fome? No Brasil, por décadas se fabrica a pobreza, uma vez que inutiliza a força de vontade para trabalhar, bastando abraçar alguma das instituições protegidas pelo governo, das quais estrategicamente são utilizadas na invasão de prédios, terrenos vazios, moradias (Fórum de Luta por Moradia), sem falar das milhares de Ongs que abrigam correligionários fomentadores de baderna pública. Assim, à sombra de um canto qualquer, vão deliciando um pão com mortadela, levando a vida de acordo com a música partidária socialista-comunista. Quem é o pobre no Brasil? Os bolsas família, os kits gás, os minha casa minha dívida (que na sua maioria nunca pagam a conta), junto a estes, os pães com mortadela, sempre prontos a servir como massa de manobra. Assim funciona a fábrica de pobres, ou seja, os que vivem à margem da sociedade organizada, marginalizados por seus próprios interesses (ser vagabundo, também é cômodo). Por outro lado, existem os miseráveis, os que passam necessidade, vitimados pelo sistema que corroem as oportunidades de trabalho, levando-os à miséria. Nem sempre esta classe é formada por vagabundos, nela são encontradas pessoas que tem vergonha, se ajustam na miséria e nem sempre procuram prevalecer do bem alheio e nem se rendem às migalhas do governo. Talvez, estes sejam de acordo com o discurso de Jesus: “... felizes são os pobres de espírito, pois que sua felicidade reside plenamente do que vem de Deus. É aquele que compreende sua condição espiritual caída, pecaminosa (pobre), e isso com humildade.” Reporto-me à uma experiência obtida com um caseiro que tinha no sítio. Sua esposa estava muito doente, mas ele achava que isso era normal, bastava tomar os chás de cada dia. Perguntado a ele por qual razão não levava a sua esposa ao médico, ele simplesmente dizia; “todos nós vamos morrer um dia, que diferença faz se hoje ou amanhã?”. Que horror! Dizia eu, assustado com o seu entendimento perante a vida e a morte. Por ele, não teríamos levado a esposa ao médico, ela foi curada e a vida restituída para alegria de todos de casa. Singeleza de coração, diz Anete no seu blog Vida e Plenitude: “sempre associo “singelo” à pureza, simplicidade e autenticidade. Caminhar vida afora com Deus no coração requer compromisso com a paz e o amor verdadeiros.” Notadamente, nos é dado entendimento sobre quem é o pobre, vez que, ser pobre ou ser rico, ter ou não ter dinheiro, mas ser humilde, ter paz no coração. Dizia Dona Neide, uma recicladora de lixo que se tornou minha amiga em um dos nossos projetos. Em resposta a minha pergunta, quando ela dizia ter uma bonita casa na Bahia de onde veio, porque a senhora escolheu viver entremeio ao lixo para ganhar a vida? Sua simples resposta foi: “aqui eu sou feliz! Embora tivesse uma casa bem estruturada, ela não tinha paz no coração, mesmo os de casa não lhes dava a devida atenção. Quantos filhos de família muito ricas que, não se conformando com a vida fácil e quase sem sentido, acabam por deixar suas casas, para viver uma vida mais simples, às vezes preferindo os caminhos da roça, do que mesmo os caminhos das longas viagens pelo mundo proporcionadas pelo dinheiro. Logo, quem é o pobre?