IMBECILIDADES DE UM ANO FRUSTRANTE

IMBECILIDADES DE UM ANO FRUSTRANTE

Dizia o artista na sua apresentação humorística: “não precisa explicar, eu só queria entender”, considerando o ano de 2023, poderia dizer: só não entendeu quem é...” Mas, em tempo, ainda pode ser entendido, evitando uma tragédia maior para o próximo ano. Início de 2023, no cenário Benedita da Silva: “Sem derramamento de sangue não haverá redenção”, um meio convite para armar uma guerra; Ato seguinte, Stédile: “Vamos botar fogo no Brasil”, certamente, se assim o disse, é porque tinha as devidas armas de guerra; Um pouco antes, nos bastidores do quartel, ministro Barroso: “Eleição não se ganha, se toma”, era a senha para ser proclamada após garantido o processo, quando surge o engenheiro do processo “democrático” de tomada do poder; José Dirceu, o invisível: “Vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar as eleições”. Era o fim da democracia e início da ditadura, e para satisfazer o seu ego, surge novamente Barroso: “Perdeu mané”, ou seja, todos os brasileiros postos aos pés do STF, sob a tutela do soberano Alexandre, o grande... é empossado o ladrão, que surge com palavras brandas e de alento: “Normal roubar um celular”, quando se houve o grito de libertação da garotada das ruas do Brasil - está dominado! Mas, como era preciso legislar em favor da rapaziada, surge uma proposta alvissareira de Taliria Petrone: “Vamos descriminalizar o assalto”, maravilha, mais comemorações, guetos e favelas em delírio, o campo ficando livre, e a vida mais leve (só para eles) e para os normais, um risco de guerra. Assim, aberto o debate, entra em cena Márcia Tiburi: “Eu acho bom ter assalto”, incrível, até que ela seja assaltada está livre para falar qualquer bobagem. Ainda falta a palavra final para a alegria do exército de bandidos que já tinham assumidos seus postos, o ministro do caixa-forte, anunciava a vitória final: com a palavra o poderoso Hadad: “Vamos soltar todos os presos”, de fato, já estavam livres, mas com o peso da palavra de um Ministro estava selado. A partir daí, não sei se por coincidência, se por força do destino, já ao final dos acontecimentos, imbecilidades de um ano frustrante, atinge o seu ápice: “saidinha de Natal”, milhares de “gente boa” voltando às ruas, suas casas, livres para algumas vistas no campo alheio, é claro, certamente, alguns deles voltarão para o seu aprisco. Tão logo, tudo voltará ao seu normal em 2024. Na adega já não tem mais vinho, no alambique o estoque se esgotou, lagosta já não nada nos mares e rios. Alguns bilhões distribuídos de última hora, deixando o nível financeiro muito baixo, contudo sem tanta preocupação - uma enxurrada de novos impostos, já estão programados. Os brasileiros, os brasileiros? Ou expatriados, deixados de lado enquanto se resolvem os problemas da sua terra. Quem sabe se ainda terão retorno? Ou darão caminho ao exílio, levando suas cargas, conduzindo uma bandeira branca para não serem mortos pela ditadura. Diz a Palavra: “Quando os justos governam, o povo se alegra; quando os perversos estão no poder, o povo geme” (Pv 29.2). “Os homens sanguinários odeiam o íntegro; mas os retos procuram o seu bem. O tolo derrama toda a sua ira; mas os sábios a reprime e aplaca. O governador que dá atenção às palavras mentirosas achará que todos os seus servos são ímpios” (Pv 29). Feliz Natal, quem sabe se em 2024? Feliz Ano Novo, que seja construído com sensatez, sabedoria, extirpando a ignorância, não mais existindo vingança, com menos imbecis no poder.