SEM PRETENSÃO DE DEFENDER UMA ATITUDE SUICIDA

Os casos de suicídios que assolam o mundo deixam um grande ponto de interrogação nesta questão trágica. Por se tratar de uma pergunta que jamais terá a resposta, como por exemplo, lamentar perante o corpo de alguém que se matou: "Oh, porque você fez isso?" este tema, por mais que seja analisado, estudado e abordado sempre amparado por um constante serviço de autoajuda, deixa uma lacuna imperceptível que quando vier a ser desvendada aí já será tarde. O corpo já foi sepultado ou jamais será visto quando o suicídio foi através de um ato que não deixou vestígios, por exemplo, afogamento em alto-mar ou rio, etc.

Mesma que tal pessoa já tivesse algum conhecimento de que a vida nos é dada e só Deus pode tomá-la, tal desobediência premeditada ou precipitada não pode ser nem comparável ao pecado de Adão e Eva, uma vez que por aquela perda de confiança da ordem Divina se proliferou pela face da terra através da sobrevivência humana, que segundo os exegetas até hoje e sempre todos estaremos fadados a sofrer alguma consequência. Mas aí será outro tema mais profundo que engloba ética e religião no sentido mais abrangente, creio eu.

Voltando ao tema do suicídio, uma pessoa que por motivos particulares, cuja dívida virou uma "bola de neve", chegando à porta de agiotas, ficando sem condições de pagá-la e sofrendo ameaças apela para um ato trágico deste levou para a outra dimensão um contrassenso, pois nunca um credor deseja a morte do seu seu devedor, pois como diz o ditado: "ruim com ele, pior sem ele". Assim também como uma pessoa que foi vítima de infidelidade conjugal, ao agir assim, pensando se livrar do tal "ornamento na cabeça" sempre será lembrado e tachado com esta alcunha, enquanto a outra que cometeu a traição continua "vendo" o ar poluído que respira, principalmente se morar numa grande cidade.