O voo do passarinho.

Existe momento mais sublime do que o bater de asas de um passarinho? A liberdade, o horizonte...

Me peguei observando um pássaro atravessando uma avenida movimentada , ele estava no chão, mas nada o impedia de voar, tanto que quando estava em segurança, na calçada, alçou voo.

Pensei em tantas coisas nesse momento que durou tão pouco... Primeiro me questionei os motivos dele, se estava ferido, ou se haviam lhe tolhido as asinhas, nem um nem o outro. Observei que ele olhava para os lados, como uma pessoa faria ao atravessar a rua, olhava, avançava e parava, afinal era uma avenida. O pássaro me pareceu pensar e não somente agir por instinto que, logicamente, seria voar.

Permaneci analisando o passarinho e sua atitude após ele seguir seu rumo batendo as asas, livre. Permaneci presa naquele instante e permaneço presa ainda...

Estaria eu agindo como um pássaro que pode voar mas espera pela segurança de poder fazê-lo? Ou o pássaro, mais inteligente do que eu, sabe que pode fazer o que bem entender, na hora que melhor lhe aprouver?

Isabel Cristina Oller
Enviado por Isabel Cristina Oller em 10/09/2023
Código do texto: T7882435
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