Uma Jornada Para Libertar-Me Da Prisão Da Perfeição

*Inspirado na obra da terapeuta Flavia Fantini

Eu me liberto da prisão de querer ser perfeito, de ser sempre bonzinho. Deixo as pessoas verem o meu lado imperfeito, o real, o falho - o cara estranho, bonito e mágico que sou. Se alguém tentar me colocar em um pedestal, eu desço, pois todo pedestal é uma prisão. Não me preocupo em atender às expectativas de outras pessoas, pois isso é cansativo e consome muita energia. Não vale a pena o esforço.

Permito-me ser mal interpretado, que riam de mim pelas costas! Sei que irão me julgar, apontar meus erros e acreditar que sabem quem eu sou! Deixo que se afastem, excluam, rejeitem e até mesmo me cancelem. Enfrentarei de cabeça erguida quando minha reputação cair por terra, demonstrando que não tenho controle de tudo, vou encarar meu maior pesadelo! Essa atitude resiliente e corajosa me guiará ao longo da vida, permitindo-me viver de forma autêntica e poderosa.

Descubro que SIM, posso renascer dessa morte, deixando para trás a escravidão de agradar aos outros. Vivo livre e sem medo, pois o poder do "outro" sobre mim é inexistente. Eu não preciso ser perfeito. Honro a minha humanidade e aceito minhas imperfeições. Reconheço meus erros, mentiras e o passado. Procuro a minha própria verdade.

Pouco a pouco, permito-me soltar a máscara do cara bonzinho, perfeito, que está sempre pronto para agradar a todos e nunca comete erros. Em vários momentos, anulei-me para atender às expectativas dos outros, com medo de perder o amor e a admiração. Percebo que não frustrar os outros me faz desrespeitar meus próprios limites e me torna escravo de suas expectativas. Expectativas desnecessárias, pois ninguém enxerga as vivências boas ao meu lado, apenas apontam erros e julgam. Permito-me decepcionar os outros e ser livre, frustrando as expectativas colocadas sobre mim. Hoje, tenho o direito de dizer NÃO quando não estiver a fim de fazer algo.

Decidi abraçar meus limites e imperfeições. Eu decido ser autêntico. Pessoas autênticas são lindas. É tão libertador quando abro mão da necessidade de ser aceito. Ser aceito é uma preocupação do ego, enquanto ser autêntico é uma manifestação da alma. Agora, sou um novo homem, trilhando o caminho de Deus, amorosidade e autoconhecimento. E sei que isso é uma grande responsabilidade. Não me preocupo com as pessoas que falam sem conhecer minhas razões; a vida pode ser cruel. Fico onde estou, pois me permito ser imperfeito.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 02/08/2023
Código do texto: T7852181
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