Para beber da minha fonte, você precisa...

Para tomar da minha água gelada, tem que ter passado sede ao meu lado

Para tomar da minha água gelada, tem que ter passado sede ao meu lado

Esta foi a frase de impacto que li em algum lugar no decorrer dos últimos dez dias.

Maravilhoso foi perceber que a seletividade faz parte da perspicácia humana, e que não estou sozinha neste refletir.

VAMOS BRINDAR?

Brindar é algo bom, louvável, salutar, engaja, une.

No entanto, será que podemos sair por aí brindando com todo mundo?

Será que podemos celebrar nossas vitórias e conquistas com todos que cruzam nosso caminho?

A SOLIDÃO E AS NOITES ESCURAS

Na solidão e nas noites escuras, difícil é encontrar alguém que lhe segure pela mão e diga: Opa! Estou por aqui! Conte comigo!

Nas esquinas que passamos, a vida segue seu rumo, o relógio não cessa, o tempo não para, e é necessário ser forte para caminhar enxugando as lágrimas, tropeçando, mas com um pensamento fixo e latente, orientando: - Você consegue! Você é capaz! Prossiga! Não esmoreça na fé! A fé não costuma falhar!

NOS BASTIDORES...

Quando um ser humano enfrenta uma noite escura, um deserto, um aflito viver, sente que muitos sequer se importam com as suas dores, seus estresses, suas descompensações.

É que, em um mundo onde impera a insensatez, a ganância, a avareza, a exclusividade, o olhar fixo ao próprio umbigo, não é incomum apreciar algumas cenas:

Maridos abandonam esposas quando descobrem que elas são detentoras de uma enfermidade crônica.

Mulheres já se preocupam em como será feita a partilha dos bens, quando da possível viuvez.

Patrões já acionam o setor de RH (Recursos Humanos) para providenciarem um substituto para o colaborador enfermo...

E assim caminha a humanidade...

E VOCÊ ACHA?

Sendo que nem tudo é hostilidade, mesquinharia, ruindade, maldade, perversidade, egoísmo, meus amigos...

Ainda existem pessoas boas, amáveis, educadas, preocupadas com o seu semelhante, dispostas a ajudarem, a estenderem as mãos.

Não, o mundo não está totalmente perdido. A alegria de saber que ainda existem muitas criaturas dignas de um big aplauso, faz com que o semblante da filósofa que ora reflete, mude, pois há esperança.

O DESABAMENTO E A SOLIDARIEDADE

Ontem desabou um prédio em uma cidade da região metropolitana de Recife, em Pernambuco. Quatorze preciosas vidas se foram.

No entanto, a minha alegria deu-se ao observar diversos voluntários em meio às chuvas torrenciais, unirem-se em busca de encontrar vidas sob escombros.

Apreciei também diversos cristãos orando, rezando e intercedendo a Deus para que vidas fossem preservadas.

E A ÁGUA GELADA?

Pensei: Preciso aumentar o estoque da minha água gelada, pois todos estes voluntários precisarão tomar água da minha cisterna. Dignos são!

Têm o meu respeito, reverência e aplauso!

E A ÁGUA GELADA DA VIDA?

No dia a dia, entendo que ser uma pessoa seletiva nesta questão faz parte da sobrevivência.

É que, para celebrar, não faltam companheiros; e alguns até chegam se sequer serem convidados.

Por outro lado, quando das vacas magras, da escassez, da situação tormentosa, cinzenta, poucos seguraram em tuas mãos para acalentarem a tua alma, se recorda?

Assim, fácil é constatar:

Para tomar da minha água gelada, tem que ter passado sede ao meu lado!

Ah, e, para relaxar neste sábado maravilhoso, tomar um vinho, acarinhar o maridão, brindar a alegria de estar plena, salva e forte; escutar o Djavan cantando Esquinas, é uma excelente ideia!

By (Fátima Burégio, saciada e saciando a sede de quem suportou o tranco nas esquinas da vida)

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