Náufrago em um Mar de Desespero

Sinto o frio cortante da lâmina enquanto rasga minha pele, deixando uma trilha de dor e sangue pelo meu braço. Mas é um alívio momentâneo para o peso que carrego dentro de mim. Sinto-me afogando em um mar de escuridão, perdido em um labirinto sem saída. Às vezes, a dor é a única maneira de lembrar que ainda estou vivo.

As lágrimas escorrem pelo meu rosto, deixando um rastro de tristeza e desespero. Eu tento me agarrar a qualquer coisa que me faça sentir vivo, mas tudo parece estar fugindo de mim. Eu sou um náufrago à deriva em um oceano tempestuoso, lutando contra as ondas que ameaçam me engolir a cada momento.

Eu olho para o céu escuro, buscando alguma resposta, alguma esperança. Mas só encontro o vazio, o silêncio. Eu grito, mas minha voz é abafada pelo som do vento. Eu choro, mas minhas lágrimas se perdem na escuridão.

A dor é o único sentimento que me conecta ao mundo, que me faz sentir presente. Ela é a minha âncora, a única coisa que me mantém preso a este lugar. Eu sou um fantasma vagando pelas ruas vazias, um vulto perdido em meio à multidão.

Eu me pergunto: onde está a saída? Onde está a luz no fim do túnel? Eu procuro, mas não encontro. Eu espero, mas nada acontece. Eu continuo caminhando, dia após dia, sem saber o que o futuro me reserva, sem saber se algum dia encontrarei o meu lugar no mundo.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 04/05/2023
Reeditado em 06/08/2023
Código do texto: T7779986
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