A ressurreição

A Ressurreição

Há quase 28 anos presenciei um título épico do Fluminense, precisamente no dia 25 de junho de 1995 e 8 anos atrás escrevi uma crônica sobre o jogo, que me renderam muitos elogios.

Antes da noite épica de domingo de Páscoa, pensei:

Vamos ganhar amanhã e vou escrever de novo, o mesmo roteiro. Pré jogo; o jogo; e o pós jogo. Mas não seria a mesma coisa, não teria o mesmo impacto, trocaria apenas as palavras, não teria graça e resolvi falar com uma outra visão sobre este jogo.

A "ressurreição" de uma pessoa, que por muitos já tinha sido "morto" há tempos.

Se naquele ano de 1995 tivemos um herói, nesse eternizaremos outro. Mas não igual a um camisa 7 que usava tira no cabelo, não será o camisa 9 que "fede" a gol, muito menos um craque da camisa 10 e outro com a 12.

Neste domingo de Páscoa o herói se quer entrou em campo fisicamente, nem no banco de reservas ele estava, mas estava na mente de cada jogador que ali entrou, de casa torcedor que estava na arquibancada. Ele foi o "culpado" por fazer cada um dos jogadores, cada um de nós, torcedores, acreditar que era possível virar um placar de 2 a 0 contra.

Um cara que além das palavras incentivadoras, tem a técnica de gerir pessoas, um cara que faz você acreditar que não existe nada impossível e se tratando de futebol, nada é impossível. Como disse há 8 anos, num jogo desses tudo pode acontecer e se tratando de Fla Flu pode acontecer mais que tudo. E aconteceu, de novo.

Se naquele ano o herói foi o camisa 7, esse ano foi o cara que não tem número na camisa, o cara que não joga mas faz o time jogar, o cara que pra muitos estava "morto" e "ressuscitou" num domingo de Páscoa.

Não vou falar do jogo, do pré jogo, do pós jogo. Nada importa perante o que esse cara passou nos últimos 12 anos e merecidamente, nos deu um título. Nossa torcida, nosso clube agradece, mas esse título é seu.

Obrigado, Fernando Diniz