PLANOS E SONHOS DE UM ESCRITOR

Antes de publicar o meu primeiro livro, após contatar uma Editora, através somente da Internet/telefone, após apalavrar o envio do material a ser publicado, feito o respectivo orçamento e, finalmente combinado o dia e hora para assinar o tal contrato, lá fui eu bastante apreensivo, mas não muito eufórico. E com muita razão, logo que cheguei ao local indicado, por sinal, no centro de São Paulo, na portaria do prédio indicado no endereço, fui orientado pegar o elevador e ir ao quarto andar. Aqui, o silêncio era sepulcral. Mas, ao me deparar com uma porta entreaberta, olhando de soslaio, eis que uma pessoa sentiu a minha presença e como se me aguardasse, já me levou a outra sala onde um senhor meio estranho nem me cumprimentou direito já foi passando uns papéis para eu assinar. Antes de fazê-lo, dei uma lida muito rápida sobre os valores ali estipulados: Entrada: 1.700.00 + 4 prestações de 650,00. Assinei e logo recebi um carnê com os respectivos valores. Foi a minha sorte. Pois se alguém naquele momento me tivesse apresentado uma maquininha para passar o cartão de débito /crédito, por sinal, estava comigo, sinceramente o valor daquela entrada tinha sido jogado pela janela, ou seja, tinha perdido, pois, ao sentir algo muito estranho no ar, naquela ocasião, saí dali e fui direto no outro endereço próximo dali com o nome desta tal editora. Aqui senti a casa cair. Fui informado com todas as letras que ali não existia nada disto e segundo o porteiro, a tal editora já tinha ido à falência. Cheguei em casa e ao ser indagado por minha esposa, contei o ocorrido e ela então falou: só rasga este carnê e deixa que Deus toma conta destas pessoas que tentaram lhe dar este golpe. Foi o que eu fiz.

Quando publiquei meu primeiro livro - MENTIRAS INOFENSIVAS E PARADOXOS CORRIQUEIROS - para não ficar com os exemplares dentro de uma caixa num canto da minha casa, procurei deixá-los, de vez em quando, nos bancos das conduções ou doá-los a familiares e conhecidos, agindo assim, procurei imitar o bambuzal, que depois de plantado demora muito tempo para brotar, crescer, atingindo uma altura que durante um vendaval enverga, mas não quebra. Quem dera este meu projeto algum dia se concretize. Pois como se costuma dizer sempre por aí, nunca devemos nos abster dos nossos sonhos.

Por ocasião da publicação do meu segundo livro pretendo assinar um contrato com uma Editora que os distribua por várias livrarias do país, ficando à mercê das pessoas que quiserem comprá-los; sem dúvida, será uma divulgação diferente, como se agora fosse um roseiral que logo brotará rosas (elogios) com os seus respectivos espinhos (críticas).

Quando eu for lançar o meu terceiro livro, oxalá alguém programe uma tarde ou noite de autógrafos, pois terei o prazer de sentir na pele, literalmente, a sensação de cumprimentar pessoas desconhecidas, mas envolvidas com um só objetivo: aquisição de um livro recém-lançado no mercado editorial.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 28/03/2023
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