Incompleto

Quero esvaziar a cabeça, por isso escrevo. Quero sentar e declamar poesia. Quero fazer com que a vida seja mais leve e não tão pesada. Quero sentir o vento roçar a minha pele. Quero escrever besteiras numa noite de quarta-feira. Querer nem sempre é poder, por isso estou aqui dedilhando palavras para viver uma vida amena, uma vida menos caótica. Pensar menos e fazer mais. Às vezes me rastejo pela vida e vejo que isso é infantil, pois não quer enfrentar as coisas face a face. Escrever está sendo o resultado de anos de não-atitude. Sabe quando você quer falar o mundo inteiro de sentimentos, mas não sai nenhuma palavra? É assim, que eu me sinto. Me sinto incompleto, sozinho, solitário. Nem a literatura está me dando prazer como outrora.

Escrever essas palavras está me dando a sensação de que não estou sozinho, de que há alguma divindade por perto me fazendo companhia. Será que estou enlouquecendo? Ou isso é apenas uma imaturidade de minha parte? São perguntas que não sei responder agora.

Não há sentindo na vida. Não há sentindo na arte. Enquanto estamos buscando porquês, não encontramos as respostas para os tais questionamentos e tudo passa a ser uma incógnita. No momento estou aqui escrevendo essas palavras como quem fala sem pensar, aqui é o fluxo de consciência que vem a minha mente, logo, escrevo o que está nela. Não quero parecer pedante de estar falando sobre as mesmas coisas repetida vezes.

Por fim, quero finalizar esse texto ou crônica com o seguinte pensamento: será que viveremos há tempo de realizarmos tudo o que desejamos? Ou que a vida passará e no final ficará a sensação de que poderia ter feito mais? As atitudes são mais importantes do que o desejo de realizar algo. Então, bora em frente e busquemos ter mais ação nos nossos objetivos diários, semanais, mensais e anuais.