DO LADO DE LÁ – (segunda parte)

DO LADO DE LÁ – (segunda parte)

De que adianta pautar a vida olhando o que se passa com o outro, quando bem sabemos que cada um terá que dar conta si mesmo no momento da travessia. Se o que anda fazendo está opaco e sem foco, é preciso tentar mudar o ângulo, esforçar por focar quantas vezes necessário for, até se abrir a visão, clareada não apenas aos olhos, mas também na mente e no coração e no espírito. A possibilidade pode ser conhecida sob outro enfoque, e com isso, dar confiança para prosseguir valorizando em cada dia a vida que por graça nos foi concedida pelo Criador, até que cheguemos do lado de lá.

Alguém pode se convencer segundo seu ponto de vista, ou seja, conforme o que consegue enxergar. Disse alguém: mas o que é o ponto de vista? Com certo sarcasmo veio a seguinte resposta: a diferença do ponto vista é apenas o ponto. Pensando nisso, o ajuste à divergência teria sido apenas uma pausa. Na sua essência, certamente, o plausível não tenha sido alcançado, ou mesmo, jamais sendo alcançado. Sendo interdependente, pode ser que, por essa interdependência, a viagem continue, e quem sabe, talvez a divergência já tenha sido resolvida pelo caminho, por ter alcançado o lado de lá.

“Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isso ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna. Aquele pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:13-17)

Desta forma, pontos de vista diferentes, não podem impedir a vida de prosseguir, há tão pouco tempo para se viver sossegadamente, no mais são os desafios de cada dia o bastante para nos desviar dos reais objetivos da vida – viver. Terminado este pleito em que, de alguma forma havemos de fazer valer a vida, terão vencidas as diferenças, pois que serão mais alguns anos apenas em que alguns hão de prevalecer. No mais, os que estão no andar de baixo, terão que dar conta de suas vidas independentemente daqueles que terão que dar conta numa escala maior ate que vençam seus dias de mandato. Quanto a nós, nosso mandato é a vida e, ela é curta demais para ser dividida com as causas comuns. Todavia, bem sabemos que, “aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”, logo nos convém que façamos o bem, por nossa consciência cristã e a bem da eternidade.

Que é o pecado, se não um estado de independência de Deus. Ora, todavia, muitos já vivem no pecado, e não mais tem consciência do que seja isso, mas, nós temos essa consciência, de que o pecado nos afasta de Deus. Uma vez tendo cumprido o nosso dever como cidadão e a bem de nossos semelhantes, resta-nos apenas seguir em frente. Assim como floresce a roseira, em princípio numa casa fechada, ao se espor ao calor do sol, fazendo desabroxar para uma vida deslumbrante. Logo, convém a nós, homens e mulheres de bem, de corações abertos, como que, de pétalas macias, perfumadas e coloridas, alegrar a vida, com amor e paixão, pois que havemos de fazer a grande travessia para o lado de lá. Assim como a flor que apesar de sua beleza, murcha e morre, por mais que vivamos, havemos de passar pelo vale da sombra da morte, sem temer, pois que uma mesa está sendo preparada para todos aqueles que forem fiéis ao Senhor da vida. Esperamos poder te encontrar do outro lado!