AFASTAR O HEDIONDO, VOLTAR À PÁTRIA DO SILÊNCIO.

Precisamos viver o silêncio, ele nos afasta das repetições e nos aproxima mais de nós mesmos. Nos conhecemos muito pouco.Nos preocupamos com o que interessa bem menos, as permanências das violações sociais, voltados com mais intensidade para o coletivo, por vezes. Isso é desídia com nosso universo pessoal, e quase nada estrutura para o coletivo.

O coletivo é composto por partes, e nós somos uma dessas partes, unidade que com outras, somadas, faz o todo.

No momento que vivemos, vemos e nos ocupamos mais com o que está fora de nós, tal postura compromete mais ainda o que está fora. Por quê? Se não cuidamos especial e dedicadamente de nós, o que podemos entregar ao próximo?

É imprescindível voltarmos para nosso interior, a pátria do silêncio, que restaura, cria, cura e pacifica a desordem instalada na pretensão da ordem, profusa, abrangente, lançando setas para todos os lados com grande alcance para o despropósito e a primariedade que incomoda, e muitas vezes somos obrigados a considerar.

Vivemos com certa gravidade para nosso universo particular, no momento, essa nódoa, sem perceber que nos envolvemos em um dos piores fatos históricos contemporâneos, convulsivo, sem freios, permeado de desrazão, desconhecimento e forte insanidade, por ser hediondo em objetivos e princípios, com recentes condutas egressas de governos, todos, em temas sociais onde os desvios são regras; chamam a isso de política.

Esses prismas de trocas sempre evitei, exercendo o silêncio, e me vejo mergulhado nesse pantanal por indignação com o que é absolutamente visível e histórico. E sem sentir nos deixamos contaminar pela procissão da primariedade que nada edifica, ao contrário.

Precisamos de mais silêncio, ficar distante da necrose do tecido social , que como tsunami se espalha por todos os escaninhos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/10/2022
Reeditado em 08/10/2022
Código do texto: T7622979
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.