Livrando-se da mala... Pura reflexão

DEIXE DISTO!!!

- Sabia que neste instante você pode estar sendo usado por alguém?

- Sabia que agora, já, você pode estar sendo um poço de utilidade para quem sequer reconhece ou agradece seu valor e serventia?

Pois é...

Mas eu cheguei..

Cheguei com um intuito nobre: abrir seus olhos e mente, mostrando que ser útil, leal, pau para toda a obra, é algo, digamos, divino, mas é importante saber o seu devido lugar e serventia no contexto de uma existência.

E hoje vamos filosofar sobre a questão do DEIXE DISTO...

E aqui estamos: vivendo, lutando, sonhando, cuidando mais acirradamente da saúde, computando saberes, fazendo sérias escolhas, e, obviamente, na caminhada, vamos deixando rastros e algumas coisas...

DEIXE DISTO

Costumes, amizades não mais recomendadas, comidas deliciosas, mas, segundo orientações médicas, agora tornaram-se verdadeiros venenos se digeridas forem. E assim, o homem segue seu caminho, deixando algo...

A Mala pesa...

Solitário, mesmo muitas vezes rodeado de gente; quando se depara só diante do espelho se dá conta da solidão que enfrenta.

Perplexo, atenta que Redes sociais são meras ficções, caras e bocas não resolvem seus problemas íntimos. Aperfeiçoa a destreza de lidar cotidianamente com as mais diversas criaturas, cada uma com uma conduta e um interesse diferente, e, assim, já esperto, percebe que viveu uma boa parte da vida, mas ainda tem muito o que agregar no extenso caminho a ser percorrido.

A Mala... Livrando-se dela...

Leva na mala recordações, desilusões, choros, aprendizados, presentes que jamais se desfará, mas também, apegado, e equivocadamente preso a ilusões de ótica, transporta em sua bagagem, utensílios inservíveis e que já deveriam ter sidos deixados para traz há um bom tempo.

O fardo tornou-se pesado, a mala da vida já não mais suporta tantos pesos. O homem, então, se apercebe que, por anos a fio, carrega, em suas frágeis costas, alguns semelhantes em malas e mochilas invisíveis, mas, que, na caminhada, o que outrora era leve, tornou-se um peso, um enfado, um desatino.

Deixe disto!

E eu estou aqui para te dizer em alto e bom tom:

Deixe disto!

Mude valores e regras de sua existência!

Não se importe com concepções alheias!

Ninguém tem, ou deve ter, o comando da tua existência! O melhor prazer do seu humano é sentir-se pleno, livre, senhor das suas escolhas e histórias.

Entretanto, o comodismo, o costume, o medo de girar a chave, o terror da provável escuridão noturna, mantém a inércia, coloca bolas de ferros com correntes em ambos os pés do frágil ser humano, no afã de impedir a partida e mudança de rota. Oprime e silencia o dono da bagagem que já está excessiva. Todos veem, apenas ele continua seguindo desvairado como “presa” em sua antiga ilusão de ótica.

Mudar custa caro e não agrada!

Mudar, muitas vezes custa caro, pois é necessário romper vínculos, dar um basta em situações que os aproveitadores já estavam acostumados, traz um quê de impacto e comentários em rodinhas de conversas, mas o lado positivo é você ter a convicção que cansou, está exausto da situação, abriu os olhos, não será massa de manobra de criaturas que em nada agregaram em seu crescimento e evolução, mas apenas lhe enxergam como um adereço encostado em um canto qualquer, e sempre disponível para ser utilizado quando bem quiserem.

Essa mudança, digamos, drástica e inesperada, por certo, lhe custará algo...

Mas, a esta altura do campeonato, você já estará com uma mente mais evoluída, expandida, um pensar e agir diferenciado e uma mala bem mais leve, contendo apenas o que efetivamente lhe interessa e que você poderá fazer uso solo ou compartilhado, sem, necessariamente, sentir remorsos ou saudades do tempo outrora vivido.

E o preço do “Deixe Disto”, Fátima?

Ah, obviamente você terá um preço a pagar, pois muitos não acatarão pacificamente sua nova versão.

Dirão: - Você nunca foi assim! O que foi que eu fiz para você ficar assim?

Deixe disto!

- Deixe de ser apenas uma mão amiga que, pós serventia, não vem a desfrutar de respeito, agradecimento ou reciprocidade;

- Deixe de ser aquele membro da família ou da roda de “amigos”, que será o primeiro a ser lembrado na hora do sufoco, mas o primeiro a ser descartado, pós resolução do problema;

- Deixe de ser o bonzinho, a mão aberta sempre disposta a servir e ser útil, mas, sem jamais receber um mimo, uma palavra reconfortante, um presente inesperado, um ramalhete de rosas, um telefonema de gratidão;

- Deixe a mala leve! Rompa e dê fim a acessórios que jamais deveriam ter sidos carregados em seus lombos, costas ou mãos;

- Deixe aquele emprego que só deleta o seu emocional, surpreendendo aquele chefe austero que pensa que você jamais sobreviverá sem aquela colocação;

- Deixe aquela amizade interesseira que, tão somente, almeja tirar proveito de algo que você detém ou pode repassar para ela.

Ah, e, por vezes, camuflam o uso das habilidades de outrem, achando isto um tremendo e modal network. Gente, aprenda e decifrar o que é um verdadeiro ou um interesseiro Network, tá?

- Deixe as pessoas boquiabertas com a sua nova versão, sua repaginada, sua língua mais comedida, seus dedos mais decididos. Só não perca a sua marca, a sua autenticidade e nem a sua essência!

Cuidado:

Meça as palavras... Vão querer te pegar e te confrontar nas palavras!

Pondere e cerre a porta dos teus lábios...

Sorria interiormente, e declare, pausadamente, na mente:

- Deixei de ser “presa e burro de carga” sua. Estou liberto! Suas estratégias falaciosas deixaram de funcionar comigo! Mudei conceitos e hoje avalio até os pré-conceitos antes de formular uma resposta.

De forma audível, sorria discretamente, e, de maneira libertadora, diga simplesmente:

- Estava dormindo! Acordei! E estou bem esperto!

- Bom lhe conhecer!

- Obrigado por sua contribuição no meu crescimento e evolução!

- Nem tudo valeu, mas tudo contribuiu para que eu me tornasse a pessoa que hoje sou!

- O mundo me espera!

- Apesar de tudo, parodiando o saudoso poeta Tim Maia, tenho muito a falar: Dizer que aprendi!